julho
27,
2009

MUNDO EXTERIOR, MUNDO INTERIOR



A maioria das pessoas abandona o caminho do crescimento individual porque em algum ponto a carga da dor se tornou pesada demais para ser suportada.

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É aquilo a que o psicólogo Carl Jung chamou de “sombra”. Contém todas as nossas facetas que tentamos esconder ou negar; os aspectos sombrios que julgamos não serem aceitáveis para a família, para os amigos e, mais importante, para nós mesmos. O lado sombrio está calcado profundamente em nossa consciência, escondido de nós e dos outros. A mensagem transmitida desse local oculto é simples: há alguma coisa errada comigo. Não estou bem. Não sou atraente. Não mereço ser bem-sucedido. Não tenho valor.

Em vez de tentar suprimir nossas sombras, precisamos revelar, reconhecer e assumir as coisas que mais tememos encarar. Ao empregar a palavra “reconhecer”, estou me referindo a ter conhecimento de que uma determinada característica pertence a você. “A sombra é que detém as pistas”, diz o conselheiro espiritual e escritor Lazaris. “Ela também possui o segredo da mudança, mudança que pode chegar ao plano celular ou até mesmo afetar o seu DNA”. Nossas sombras são detentoras da essência daquilo que somos; guardam os nossos bens mais preciosos. Ao encarar esses aspectos de nós mesmos, ficamos livres para viver nossa gloriosa totalidade: o lado bom e o mau, a escuridão e a luz. Ao assumir tudo o que somos, alcançamos a liberdade para decidir o que fazer neste mundo. Enquanto continuarmos a esconder, mascarar e projetar o que está em nosso interior, não teremos liberdade de ser nem de escolher.

Nossas sombras existem para nos ensinar, guiar e abençoar com nosso eu completo. São fontes que devem ser expostas e exploradas. Os sentimentos que abafamos estão ansiosos para se integrar a nós mesmos. Eles são prejudiciais apenas quando reprimidos: podem surgir de repente nas ocasiões menos oportunas, e seus botes repentinos vão incapacitá-lo nas áreas mais importantes da sua vida.

Sua vida se transformará quando você fizer as pazes com sua sombra. A lagarta se tornará, surpreendentemente, uma linda borboleta. Você não precisará mais fingir ser alguém que não é. Não será mais necessário provar que você é o máximo. Quando assumir sua sombra, você deixará de viver num constante estado de temor. Descubra os dons da sua sombra e finalmente você revelará seu verdadeiro eu em toda a sua glória e terá a liberdade para criar o tipo de vida que sempre quis.

Toda pessoa nasce com um sistema emocional saudável. Ao nascer, nos amamos e nos aceitamos, sem fazer julgamentos sobre quais são as nossas partes boas e quais as ruins. Ocupamos a integridade do nosso ser, vivendo o momento e expressando livremente o nosso eu. À medida que crescemos, começamos a aprender com as pessoas à nossa volta. Elas nos dizem como agir, quando comer, quando dormir, e começamos a fazer distinções. Aprendemos quais são os comportamentos que nos garantem aceitação e quais os que provocam rejeição. Aprendemos ao conseguir uma resposta imediata ou quando nossos apelos não são atendidos, da mesma forma que passamos a confiar nas pessoas que nos rodeiam ou a odiá-las. Aprendemos o que é consistente e aquilo que é contraditório; quais as características aceitáveis em nosso meio e as que não o são. Tudo isso nos desvia da possibilidade de viver o momento e impede que nos expressemos livremente.

Precisamos reviver a experiência da nossa fase de inocência que nos permite aceitar tudo o que somos a cada momento, pois só dessa forma teremos uma existência saudável, feliz e completa. Esse é o caminho. No livro de Neale Donald Walsch, Conversando com Deus, Deus diz:

O amor perfeito está para o sentimento como o branco total
está para a cor. Muitos pensam que o branco é a ausência
de cor, mas não é. Na verdade, é a abrangência de todas as
cores. O branco é feito de todas as cores combinadas. Assim
também, o amor não é a falta de emoção (ódio, raiva, desejo,
ciúme, dissimulação) mas a soma de todos os sentimentos.
É a soma total, o montante agregado, o todo.


O amor é abrangente: aceita toda a ordem de emoções humanas – as emoções que escondemos e aquelas que tememos. Jung disse, certa vez: “Prefiro sentir-me inteiro do que ser bom”. Quantos de nós traíram a si mesmos para serem bons, amados e aceitos?

A maioria das pessoas foi educada para acreditar que tem boas e más qualidades, portanto, para serem aceitas, são obrigadas a se livrar das más qualidades ou, pelo menos, a ocultá-las. Essa maneira de pensar ocorre quando começamos a individualizar as coisas, como é o caso do momento em que passamos a distinguir nossos dedos das grades do berço e percebemos a diferença entre nós e nossos pais. Mas, à medida que crescemos, nos damos conta de uma verdade ainda maior – que espiritualmente estamos todos ligados. Todos nós fazemos parte de cada pessoa. Desse ponto de vista, devemos perguntar se realmente há partes boas e más em nós mesmos. Ou são todas partes necessárias para formar um todo? Como saber o que é bom sem conhecer o que é mau? Como reconhecer o amor sem viver o ódio? Como podemos ser corajosos sem ter sentido medo?

O modelo holográfico do Universo nos dá uma visão revolucionaria da relação entre o mundo interior e o exterior. Segundo essa teoria, cada pedaço do Universo, não importa em quantas fatias nós o dividirmos, contém a inteligência do todo. Nós, como seres humanos, não estamos isolados e dispersos. Cada pessoa é um microcosmo que reflete e contém o macrocosmo. “Se isso for verdade”, diz o pesquisador de mentes Stanislav Grof, “então todos nós temos potencial para ter acesso experimental, direto e imediato a virtualmente qualquer aspecto do Universo, estendendo nossas capacidades bem além do alcance de nossos sentidos”. A marca impressa do Universo inteiro está contida em todos nós. Como declara Deepak Chopra, “Não estamos no mundo, mas o mundo está dentro de nós”. Cada um possui todas as qualidades humanas. Podemos ser tudo aquilo que vemos ou concebemos, e o propósito da nossa jornada é restaurar a integridade individual.

O santo e o cínico, o divino e o diabólico, o corajoso e o covarde: todos esses aspectos permanecem latentes em nós e vão agir, se não forem reconhecidos e integrados em nossa psique. Muitas pessoas têm medo tanto da luz quanto da escuridão; temem olhar para dentro de si mesmas, e o temor levanta muros tão espessos que perdemos a noção de quem realmente somos.

...

Jung, antes de mais nada, usou a palavra “sombra” para se referir àquelas partes da nossa personalidade que foram rejeitadas por medo, ignorância, vergonha ou falta de amor. Sua noção básica de sombra era simples: “a sombra é aquela pessoa que você não gosta de ser”. Ele acreditava que a integração da sombra causaria um impacto profundo, capacitando-nos a redescobrir uma fonte mais profunda da nossa própria vida espiritual. “Para fazer isso”, disso Jung, “somos obrigados a lutar com o mal, confrontar a sombra, para integrar o diabo. Não temos outra escolha”.

Você precisa mergulhar na escuridão para trazer para fora a sua luz. Quando reprimimos qualquer sentimento ou impulso, também estamos reprimindo seu pólo oposto. Ao negar nossa fealdade, perdemos nossa beleza. Se negamos nosso medo, minimizamos nossa coragem. Se nos recusamos a ver nossa ganância, reduzimos nossa generosidade. Nossa grandeza completa é maior do que conseguimos conceber. Se você acreditar, como eu, que temos a marca impressa de toda a humanidade dentro de nós, então será capaz de ser a pessoa mais admirável que já conheceu, e, ao mesmo tempo, o pior ser que já chegou a imaginar. Este livro o ensinará a fazer as pazes com esses aspectos às vezes contraditórios de você mesmo.

Meu amigo Bill Spinoza, um instrutor de grupo de estudos superiores da Landmark Education, diz: “Aquilo com que você não consegue coexistir não o deixará existir”. Você precisa aprender a deixar que tudo o que você é exista. Se quiser ser livre, antes de tudo tem de “ser”. Isso significa que precisamos parar de nos julgar. Devemos nos perdoar por sermos humanos, imperfeitos. Porque, ao nos julgar, estamos automaticamente julgando os outros. E o que fazemos com os outros fazemos com nós mesmos. O mundo é um espelho de nós mesmos. Quando conseguimos nos aceitar e nos perdoar, fazemos a mesma coisa com os outros. Essa foi, para mim, uma dura lição a ser aprendida.

Treze anos atrás, acordei deitada no chão frio de mármore do meu banheiro. Meu corpo doía e meu hálito cheirava mal. Quando me levantei e olhei no espelho, percebi que não poderia continuar assim. Estava com 28 anos e ainda esperava que alguém aparecesse para cuidar de mim até que eu melhorasse. Mas, naquela manhã, me dei conta de que ninguém viria. Nem minha mãe, nem meu pai, nem meu príncipe encantado montado no seu cavalo branco. Eu estava numa encruzilhada, no vício das drogas. Sabia que em breve teria de escolher entre a vida e a morte. Ninguém poderia fazer essa escolha por mim. Ninguém mais poderia afastar meu sofrimento. Ninguém seria capaz de me ajudar até que eu fizesse isso comigo mesma. A mulher diante do espelho me causou um choque. Percebi que não tinha idéia de quem era ela, como se a estivesse vendo pela primeira vez. Cansada e assustada, fui até o telefone e pedi ajuda.

Minha vida mudou drasticamente. Naquela manhã, decidi ficar bem, sem me importar com quanto tempo isso levaria. Depois de terminar um programa de tratamento de 28 dias, estabeleci uma verdadeira odisséia para me recuperar por dentro e por fora. Parecia uma tarefa monstruosa, mas eu não tinha escolha. Cinco anos mais tarde, e tendo gasto aproximadamente 50.000 dólares, tornei-me uma pessoa diferente. Tinha me livrado dos meus vícios, trocado de amigos e mudado meus valores; porém, quando estava em silêncio, meditando, eu sentia que ainda havia partes de mim que não estavam bem, das quais queria me livrar. O problema é que eu ainda me odiava.

Parecia inacreditável que uma pessoa possa freqüentar grupos de terapia durante 11 anos, encontros de grupos de recuperação de viciados, fazer tratamentos para dependência, consultar hipnotizadores e acupunturistas, tentar a experiência de renascimento, participar de grupos de transformação, retiros budistas e sufistas, ler centenas de livros, assistir a fitas de visualização e meditação e ainda detestar uma parte do que ela é. Apesar de gastar um tempo enorme e aquela elevada quantia de dinheiro, percebi que eu tinha muito trabalho pela frente.

Finalmente, tive um estalo. Eu estava em um seminário intensivo de liderança conduzido por uma mulher chamada Jan Smith. A certa altura, eu estava falando em pé, diante de um grupo, quando de repente Jan olhou para mim e disse: “Você é mandona”. Meu coração afundou. Como ela sabia? Eu tinha consciência de que era assim, mas estava tentando desesperadamente me livrar dessa parte do meu ser. Havia me empenhado bastante para ser doce e generosa a fim de compensar esse horrível traço de caráter. Então, sem emoção, Jan me perguntou por que eu odiava essa parte de mim mesma. Sentindo-me pequena e idiota, disse-lhe que era a parte que me causava mais vergonha, que o fato de ser mandona só me causara outros sofrimentos. Jan, então afirmou: “O que você não assume toma conta de você”.

Eu conseguia perceber como estava dominada pela idéia de ser mandona, preocupava-me o tempo todo essa faceta do meu caráter, mas ainda não queria assumir isso. “O que há de bom em ser mandona?”, ela me perguntou. Tanto quanto eu podia perceber, não havia nada de bom nisso. Mas ela disse, então: “Se você estivesse construindo uma casa, os empreiteiros houvessem estourado o orçamento e a obra apresentasse um atraso de três semanas, você acha que ajudaria ser um pouquinho mandona?” Evidentemente, eu concordei. “Quando você precisa devolver mercadorias em seu trabalho, ajuda ser durona, às vezes?” Mais uma vez, concordei. Jan me perguntou se eu conseguira perceber que, às vezes, ser mandona não só é útil, mas é uma grande qualidade com a qual podemos contar em determinadas situações. De repente, essa parte mim mesma – que eu tentara desesperadamente esconder, negar e suprimir – ficou liberada. Todo o meu corpo pareceu diferente. Era como se eu tivesse tirado um enorme peso de meus ombros. Jan havia captado esse aspecto da minha personalidade e me mostrara que isso era um talento, e não algo de que devesse me envergonhar. Se eu permitisse que essa parte existisse, não precisaria mais representar. Seria capaz de usá-la, em vez de ser usada por ela.

Depois desse dia, minha vida nunca mais foi a mesma. Mais uma peça do quebra-cabeça da recuperação havia se encaixado. “Aquilo a que você resiste, persiste”. Eu escutara isso tantas vezes, mas jamais entendera por completo a profundidade dessa afirmação. Ao resistir à “mandona” que existia em mim, eu mantivera isso trancado. No momento em que aceitei essa condição e a vi como um dom, afrouxei minha resistência, e isso deixou de ser um problema e tornou-se uma parte saudável e natural do meu ser. Agora, não preciso ser mandona o tempo todo, mas, nas ocasiões apropriadas, como acontece às vezes no mundo em que vivemos, posso usar essa qualidade para me proteger.

Esse processo me pareceu milagroso, por isso fiz uma lista de todas as partes de mim mesma das quais não gostava e trabalhei para descobrir o lado bom delas. Tão logo fui capaz de perceber os valores positivos e negativos de cada aspecto meu, consegui diminuir minhas resistências e deixar que essas partes existissem livremente. Ficou evidente que esse processo não se destina a nos livrar de coisas das quais não gostamos em nós mesmos, mas a fazer-nos descobrir o lado positivo desses aspectos e integrá-los em nossa vida.

...

Depois de considerar um novo modelo para compreender nossa vida interior e exterior – o modelo holográfico do Universo -, podemos começar a agir, aplicando o que aprendemos para revelar as faces ocultas do nosso lado sombrio. Empreenderemos em seguida a tarefa de nos apossar das qualidades da nossa sombra, responsabilizando-nos por elas, aprendendo quais são os instrumentos específicos para incorporar a sombra e descobrir os talentos dela e como é possível recuperar o poder sobre partes nossas que entregamos aos outros. Finalmente, exploraremos os caminhos que nos dão condições de nos amarmos e nos nutrirmos e os instrumentos práticos que nos permitem manifestar nossos sonhos e criar uma vida que mereça ser vivida.

Muita gente perde muito tempo em busca da luz e acaba encontrando escuridão. “Uma pessoa não se torna iluminada ao imaginar figuras de luz”, diz Jung, “mas ao tomar consciência da escuridão”.

Fonte: Livro "O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz", de Debbie Ford

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julho
23,
2009

NÃO SE CULPE TANTO ASSIM...


Se pegarmos uma criança de três anos, colocarmos no meio da sala e gritarmos com ela, dizendo-lhe que é feia, que não faz nada direito, ignorarmos seus sentimentos, terminaríamos com uma criancinha assustada, sentada no canto da sala, quieta ou gritando e batendo em tudo. Ela agirá de uma dessas duas maneiras e nunca saberemos qual é seu verdadeiro potencial.

Agora, se pegarmos a mesma criança e lhe dissermos o quanto
a amamos, o quanto nos importamos com ela, que é bonita, que ela pode cometer erros enquanto aprende, que estaremos sempre ao seu lado nas horas boas e ruins, o potencial dessa criança será ilimitado.

Você agora deve estar pensando que está lendo um artigo de psicologia infantil, mas enganou-se. É sobre você mesmo que estou falando. Cada um de nós tem uma criança de três anos em seu interior e com freqüência passa a maior parte da vida gritando com ela. Depois ficamos tentando entender porque nada dá certo em
nossa vida.

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julho
15,
2009

SER E ILUMINAÇÃO


(Eckhart Tolle, do livro “Praticando o Poder do Agora”)


Existe uma Vida Única, eterna e sempre presente, além das inúmeras formas de vida sujeitas ao nascimento e à morte. Muitas pessoas empregam a palavra Deus para descrevê-la, mas eu costumo chamá-la de Ser. Tanto "Deus" quanto "Ser" são palavras que não explicam nada. "Ser", entretanto, tem a vantagem de sugerir um conceito aberto. Não reduz o invisível infinito a uma entidade finita. É impossível formar uma imagem mental a esse respeito. Ninguém pode reivindicar a posse exclusiva do Ser. É a sua essência, tão acessível como sentir a sua própria presença. Portanto, a distância é muito curta entre a palavra "Ser" e a vivência do Ser.

O maior obstáculo para vivenciar essa realidade é a identificação com a mente, o que faz com que estejamos sempre pensando em alguma coisa. Ser incapaz de parar de pensar é uma aflição terrível, mas ninguém percebe porque quase todos nós sofremos disso e, então, consideramos uma coisa normal. O ruído mental incessante nos impede de encontrar a área de serenidade interior, que é inseparável do Ser. Isso faz com que a mente crie um falso eu interior que projeta uma sombra de medo e sofrimento sobre nós.

A identificação com a mente cria uma tela opaca de conceitos, rótulos, imagens, palavras, julgamentos e definições, que bloqueia todas as relações verdadeiras. Essa tela se situa entre você e o seu eu interior, entre você e o próximo, entre você e a natureza, entre você e Deus. É essa tela de pensamentos que cria uma ilusão de separação, uma ilusão de que existem você e um "outro" totalmente à parte. Esquecemos o fato essencial de que, debaixo do nível das aparências físicas, formamos uma unidade com tudo aquilo que é.

Se for usada corretamente, a mente é um instrumento magnífico. Entretanto, quando a usamos de forma errada, ela se torna destrutiva. Para ser ainda mais preciso, não é você que usa a sua mente de forma errada. Em geral, você simplesmente não usa a mente. É ela que usa você. Essa é a doença. Você acredita que é a sua mente. Eis aí o delírio. O instrumento se apossou de você.

É quase como se algo nos dominasse sem termos consciência disso e passássemos a viver como se fôssemos a entidade dominadora.

A LIBERDADE COMEÇA quando você percebe que não é a entidade dominadora, o pensador. Saber disso permite observar a entidade. No momento em que você começa a observar o pensador, ativa um nível mais alto de consciência.

Começa a perceber, então, que existe uma vasta área de inteligência além do pensamento e que este é apenas um aspecto diminuto da inteligência. Percebe também que todas as coisas realmente importantes, como a beleza, o amor, a criatividade, a alegria e a paz interior, surgem de um ponto além da mente.

VOCÊ COMEÇA A ACORDAR.


LIBERTANDO-SE DA SUA MENTE

A boa notícia é que podemos nos libertar de nossas mentes. Essa é a única libertação verdadeira. Dê o primeiro passo neste exato momento.

COMECE A OUVIR a voz na sua cabeça, tanto quanto puder. Preste atenção principalmente a padrões repetitivos de pensamento, aquelas velhas trilhas sonoras que você escuta dentro da sua cabeça há anos. É isso o que quero dizer com "observar o pensador". É outro modo de dizer o seguinte: ouça a voz dentro da sua cabeça, esteja lá presente, como uma testemunha. Seja imparcial ao ouvir a voz, não julgue nada. Não julgue ou condene o que você ouve, porque fazer isso significaria que a mesma voz acabou de voltar pela porta dos fundos. Você logo perceberá: lá está a voz e aqui estou eu, ouvindo-a e observando-a. Sentir a própria presença não é um pensamento, é algo que surge de um ponto além da mente.

Assim, ouvir um pensamento significa que você está consciente não só do pensamento, mas também de você mesmo, como uma testemunha daquele pensamento. Uma nova dimensão da consciência acabou de surgir.

QUANDO VOCÊ OUVE o pensamento, sente uma presença consciente, que é o seu interior mais profundo, por trás ou por baixo do pensamento. O pensamento, então, perde o poder que exerce sobre você e se afasta rapidamente, porque a mente não está mais recebendo a energia gerada pela sua identificação com ela. Esse é o começo do fim do pensamento involuntário e compulsivo.

Quando um pensamento se afasta, percebemos uma interrupção no fluxo mental, um espaço de "mente vazia". No início, esses espaços são curtos, talvez apenas alguns segundos, mas, aos poucos, se tornam mais longos. Quando esses espaços acontecem, sentimos uma certa serenidade e paz interior. Esse é o começo do estado natural de nos sentirmos em unidade com o Ser, que normalmente é encoberto pela mente.

Com a prática, a sensação de paz e serenidade vai se intensificar. Na verdade, essa intensidade não tem fim. Você também vai sentir brotar lá de dentro uma sutil emanação de alegria, que é a alegria do Ser.

Nesse estado de conexão interior, ficamos muito mais alertas e muito mais despertos do que no estado de identificação com a mente. Estamos presentes por inteiro. Isso também eleva a freqüência vibracional do campo energético, que dá vida ao corpo físico.

Ao penetrarmos mais profundamente nessa área de mente vazia, como ela às vezes é chamada no Oriente, começamos a perceber o estado de pura consciência. Nesse estado, sentimos a nossa própria presença com tal intensidade e alegria que os pensamentos, as emoções, nosso corpo, o mundo exterior - tudo se torna insignificante comparado a ele. No entanto, não é um estado egoísta, e sim generoso. Ele nos transporta para um ponto além do que antes julgávamos ser o nosso "eu interior". Essa presença é essencialmente você e, ao mesmo tempo, muito maior do que você.

EM VEZ DE "observar o pensador", podemos também criar um espaço no fluxo da mente, direcionando o foco da nossa atenção para o Agora. Torne-se bastante consciente do momento.

Isso é profundamente gratificante de se fazer. Agindo assim, desviamos a consciência para longe da atividade da mente e criamos um espaço de mente vazia, em que ficamos extremamente alertas e conscientes, mas não sem pensar. Essa é a essência da meditação.

NA VIDA DIÁRIA é possível pôr isso em prática dando total atenção a qualquer atividade rotineira, normalmente considerada como apenas um meio para atingir um objetivo, de modo a transformá-la em um fim em si mesma. Por exemplo, todas as vezes que você subir ou descer as escadas em casa ou no trabalho, preste muita atenção a cada passo, a cada movimento, até mesmo a sua respiração. Esteja totalmente presente. Ou, quando lavar as mãos, preste atenção a todas as sensações provocadas por essa atividade, como o som e o contato da água, o movimento das suas mãos, o cheiro do sabonete, e assim por diante. Ou então, quando entrar em seu carro, pare por alguns segundos depois que fechar a porta e observe o fluxo da sua respiração. Tome consciência de um silencioso, mas poderoso, sentido de presença.

Para medir, sem errar, o seu sucesso nessa prática, verifique o grau de paz dentro de você.

O passo mais importante na caminhada em direção à iluminação é aprendermos a nos dissociar de nossas mentes. Todas as vezes que criamos um espaço no fluxo do pensamento, a luz da nossa consciência fica mais forte.

Um dia você pode se surpreender sorrindo para a voz dentro da cabeça, como sorriria para as travessuras de uma criança. Isso significa que você não está mais levando tão a sério o que vai pela mente, pois o seu eu interior não depende dela.

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julho
10,
2009

SOMBRA E LUZ



O texto abaixo foi escrito por Neale Donald Walsch (autor de "Conversando com Deus"), como prefácio do livro "O Lado Sombrio dos Buscadores da Luz", de Debbie Ford. Ele mostra-nos, com clareza, que a Sombra e a Luz co-existem no nosso Mundo; co-existem em nosso Ser Interior. Aliás, são dois aspectos necessários para a nossa vivência e aprendizagem. E a aprendizagem está, justamente, no encontro do equilíbrio perfeito desses dois aspectos dentro de nós.

Eleonôra

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julho
07,
2009



Estou postando um texto que recebi por e-mail. Os grifos são meus, pois representam fielmente algo que se constitui com Verdade para mim, Eleonôra.

"Abençoado e sagrado seja Deus, o eterno nosso pai, rei do universo,
Ouve nossa oração e ilumina nossos caminhos e protege o planeta
Terra nossa casa, nosso chão, que sua luz preencha todos os canais
E os portais que habitam os corações de todos os seres humanos".

Agradecimento - Mestre em energias terapêuticas Miriam Zelikowski - Email:clique aqui/www.reiki-cabala.blogspot.com

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julho
02,
2009

O QUE SÃO DRAMAS DE CONTROLE



Os seres humanos disputam a energia.

Fazemos isso a fim de nos erguermos psicologicamente. Acreditamos que precisamos receber atenção, amor, reconhecimento, apoio, aprovação - todas as formas possíveis de energia - dos outros. Adotamos uma maneira de puxar a energia em nossa direção através do tipo de interação que tínhamos com nossos pais quando éramos crianças.
Uma das primeiras providências que precisamos tomar para evoluir conscientemente é nos livrarmos de nossas atitudes, temores, informações erradas e comportamentos passados voltados para o controle do fluxo de energia. No início da vida nos adaptamos inconscientemente ao nosso ambiente. A maneira como nossos pais nos tratavam, e o modo como nos sentíamos perto deles, foi nosso campo de treinamento para aprender a controlar a energia de modo que ela fluísse para nós. O livro A Profecia Celestina nos diz o seguinte:

Basicamente egocêntricos, o comportamento dessas pessoas pode variar entre a mania de mandar em todo mundo, falar continuamente, ter um comportamento autoritário, ser inflexível e sarcástico, e ser violento. Os intimidadores são provavelmente os indivíduos mais desligados da energia universal. Eles envolvem inicialmente os outros criando uma aura de poder.

Cada um dos quatro dramas de controle cria uma dinâmica específica de energia chamada de drama combinado. Por exemplo, o drama combinado criado por um Intimidador é basicamente o Coitadinho de Mim - uma dinâmica de energia extremamente passiva. O Coitadinho de Mim, sentindo que o Intimidador está lhe roubando energia numa escala assustadora, tenta interromper o intercâmbio ameaçador assumindo uma atitude submissa e indefesa como: "Olhe só o que você está fazendo comigo. Não me magoe, sou muito fraco." O Coitadinho de Mim está tentando fazer o Intimidador sentir-se culpado a fim de interromper o ataque e recuperar o fluxo de energia. A outra possibilidade para um drama combinado é o Contra-Intimidador. Este drama ocorrerá se a atitude do Coitadinho de Mim não funcionar, ou, o que é mais provável, se a personalidade da outra pessoa também for agressiva. Esta pessoa então reagirá ao Intimidador original. Se seu pai ou sua mãe tiver sido um Intimidador, é bem provável que um dos pais dele ou dela tenha sido um Intimidador ou um passivo Coitadinho de Mim.

O Interrogador

Os Interrogadores são fisicamente menos ameaçadores, mas abatem o espírito e a vontade ao questionar mentalmente todas as atividades e motivações. Críticos hostis, eles buscam maneiras de apontar os erros dos outros. Quanto mais eles se ocupam de suas falhas e erros, mais você os observa e reage a cada movimento deles. Quanto mais você se esforça para provar que está certo ou responder a eles, mais energia você manda na direção deles. Tudo que você disser provavelmente será usado contra você em alguma ocasião. Você se sente como se estivesse sendo constantemente controlado.

Indivíduos hipervigilantes, eles podem ser cínicos, céticos, sarcásticos, atazanadores, perfeccionistas, donos da verdade e até perversamente manipuladores. Eles envolvem inicialmente os outros com sua perspicácia, lógica infalível, fatos e intelecto.

Como pais, os Interrogadores geram crianças Distantes e algumas vezes Coitadinhos de Mim. Os dois tipos querem escapar à fiscalização do Interrogador. Os distantes querem evitar ter que responder (e ter sua energia exaurida) ao constante escrutínio e provocação do Interrogador.

O Distante

As pessoas distantes vivem presas em "seu mundo interior de lutas não o resolvidas, temores e insegurança. Elas acreditam inconscientemente que se parecerem misteriosas ou desligadas, as outras pessoas procurarão agradá-las. Com freqüência solitários, eles se mantêm à distância por medo de que os outros imponham a vontade deles ou questionem suas decisões (como o faziam seus pais Interrogadores). Achando que têm que fazer tudo sozinhos, eles não pedem a ajuda de ninguém. Precisam de "muito espaço" e freqüentemente evitam assumir compromissos. Quando crianças constantemente não lhes era permitido satisfazer sua necessidade de independência nem eram reconhecidos pela sua identidade.

Inclinados a se deslocar para o lado do Coitadinho de mim do continuum, eles não percebem que seu alheamento pode ser a causa de eles não terem o que querem (dinheiro, amor, auto-estima), ou do seu sentimento de estagnação ou confusão. Eles com freqüência encaram seu problema principal como a falta de alguma coisa (dinheiro, amigos, contatos sociais, educação).

Seu comportamento varia entre desinteressado, inacessível, pouco cooperativo, superior, repudiador, contrário e furtivo.

Hábeis em usar o desligamento como defesa, eles tendem a interromper a própria energia através de frases como "sou diferente dos outros", "ninguém realmente compreende o que estou tentando fazer", "estou confuso", "não quero jogar o jogo deles", "se ao menos eu tivesse..." As oportunidades escapolem enquanto eles analisam tudo em excesso. Diante de qualquer indício de conflito ou confrontação, o Distante torna-se vago e pode literalmente desaparecer (filtrando telefonemas ou deixando de cumprir compromissos). Eles envolvem inicialmente as pessoas através de sua persona misteriosa e inacessível.

Os Distantes normalmente geram Interrogadores, mas também podem participar de dramas com Intimidadores ou Coitadinhos de Mim porque estão no centro do continuum.

O Coitadinho de Mim ou a Vítima

Os Coitadinhos de Mim nunca acham que têm poder suficiente para enfrentar o mundo de uma forma ativa, de modo que despertam compaixão, atraindo energia em sua direção. Quando empregam a técnica silenciosa, eles podem escorregar, mas sendo Coitadinhos de Mim, eles fazem tudo para garantir que o silêncio não passe despercebido.

Sempre pessimista, o Coitadinho de Mim chama atenção para si demonstrando preocupação, suspirando, tremendo, mantendo o olhar fixo num ponto distante, respondendo lentamente às perguntas e recontando dramas e crises comoventes. Ele gosta de ser o último da fila e submeter-se à vontade dos outros. Suas duas palavras prediletas são: "Sim, mas..."

Os Coitadinhos de Mim seduzem inicialmente por serem vulneráveis e precisarem de ajuda. No entanto, eles não estão realmente interessados em soluções porque perderiam sua fonte de energia. Eles também podem exibir um comportamento excessivamente obsequioso que acaba por fazer com que eles achem que os outros estão se aproveitando deles e reforçam seu método de obter energia. Na qualidade de adaptáveis eles têm pouca habilidade para estabelecer limites, e podem ser persuasivos, defensivos, ter o hábito de pedir desculpas, explicar várias vezes a mesma coisa, dizer coisas demais e tentar resolver problemas que não lhes dizem respeito. Eles são receptivos a serem tratados como objetos, talvez por sua beleza ou favores sexuais, e depois se ressentem de não serem tratados com consideração.

Os Coitadinhos de Mim sustentam sua posição de vítima atraindo as pessoas que os intimidam. Nos ciclos extremos da violência doméstica, o Intimidador envolve o Coitadinho de Mim em episódios cada vez mais violentos de abuso com relação ao Coitadinho de Mim até que um clímax é atingido. Depois do clímax, o Intimidador recua e pede desculpas, enviando desse modo uma energia que atrai o Coitadinho de Mim de volta ao ciclo.

Do Livro: "Guia de leitura de A Profecia Celestina", de James Redfield e Carol Adrienne


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julho
02,
2009

ORAÇÃO DE CO-CRIAÇÃO


Mario Liani


Eu, (MEU NOME), tenho fé que o meu “Eu Superior” é sempre meu instantâneo, constante e generoso supridor.

Eu, (MEU NOME), tenho fé que o meu “Eu Superior” sempre abre os meus caminhos, ainda que, humanamente, possa parecer que não existam meios.

Eu, (MEU NOME), tenho fé que o meu “Eu Superior” guia sempre todos os meus projetos, mantendo a minha saúde, felicidade e prosperidade.

Eu, (MEU NOME), tenho fé que a minha paz interior está sempre segura com a ajuda do meu “Eu Superior”, que é o meu Eu mais elevado e a parte de Deus que está em mim.

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julho
02,
2009

PRECE SILENCIOSA


De Tobias, canalizado por Geoffrey Hoppe

A oração Silenciosa é um reconhecimento de Tudo O Que É.
Nesta oração eu sei que tudo que eu evoquei foi ouvido pelo espírito e que me foi dado tudo aquilo que pedi.
É um reconhecimento de que minha alma é completa no amor e na graça de Deus.
É um reconhecimento de meu total estado de perfeição e de Ser. Tudo aquilo que desejo, tudo o que quero co-criar, já esta dentro de minha realidade.
Eu a chamo de Prece Silenciosa porque sei que meu ser já está realizado.
Não há necessidade de pedir nada ao espírito, porque tudo já lhe foi dado.



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julho
02,
2009

PRECE DE GRATIDÃO


Esta oração costumo fazê-la no meu dia a dia.
Eu a tenho afixada em alguns lugares-chaves da minha casa.
Sempre a faço pela manhã, quando acordo e, se sinto necessidade, em qualquer outro momento do meu dia.
Ela tem o poder de, através do sentimento de gratidão, nos encher de Amor e Alegria.
Experimente-a.

Eleonôra

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