Nas eSéries anteriores, falamos de que tudo é energia, do corpo de luz e da parábola da lagoa. Em outras palavras, de como nosso campo eletromagnético se polui inconscientemente de carga emocional negativa e contrações energéticas.
O que mantêm fortes e sólidas estas contrações é o estado de negação, com a conseqüente resistência de sentir as emoções negativas.
Quando nos convertemos em adultos civilizados, tendemos a esquecer que devemos dar tempo a nosso sistema orgânico, para que processe a dor ou o incômodo de maneira natural. Os adultos se converteram em especialistas na arte de resistir ao incômodo ou de "tentar erradicá-lo" e, sobretudo, perdemos a habilidade de transformá-lo.
Se quisermos recobrar o campo energético fresco, amoroso e de gozo que tínhamos quando crianças, devemos desaprender o que aprendemos, voltar ao princípio, e estabelecer novos hábitos para tratar com as emoções incomodas e com a dor.
Este é um exercício para fazer quando NÃO nos sentimos bem. Imprima-o e o tenha a mão para quando necessitar.
Exercício #4 - Como transformar o sofrimento em plenitude
Sinta a dor física ou o desassossego emocional que podem estar presentes em você neste momento. Pode também pensar em uma experiência do passado que o deixou abatido e que ainda o afeta. Permita que se manifeste com toda sua força no campo de suas lembranças.
Escute o diálogo interno que surge; permita qualquer pensamento que apareça.
Observe o hábito de sua mente de evitar o incômodo por meio da análise ou contando histórias. Preste atenção a seu corpo e suas sensações.
Mantenha, dentro do possível, as sensações e sentimentos tal qual são. Preste atenção na parte do corpo onde experimenta a sensação. Permita que seu corpo processe essas energias, sentindo-as enquanto você é testemunha do processo.
Observe o que faz seu corpo (qualquer sensação ou sentimento interno, qualquer pensamento associado, etc.) sem tratar de controlá-lo.
O corpo de dor geralmente tem várias camadas profundas e grossas de força vital contraída.
É possível que experimente ondas de sentimentos ou sensações intensas que se alternam com períodos de calma e relaxamento.
Deixe que o efeito pêndulo atue todas as vezes que seja necessário. Você pode ir do incômodo ao prazer. Tenha fé na inteligência natural de seu corpo.
Você não é nem um extremo nem o outro do pêndulo, mas o ponto neutro que permite que o pêndulo exista. Você é o que testemunha e observa.
O que acabamos de dizer pode lhe tomar de uns poucos minutos a uma meia hora ou mais. Quando tiver penetrado no corpo de dor, tome um tempo a sós para integrar o que experimentou. Pode deitar no chão ou na cama por uns instantes, e logo escrever suas experiências em um caderno. Para transformar as contrações de energia que chamamos "dor", temos que ter atenção e presença. Quando prestamos atenção àquilo que percebemos como incômodo ou dor, podemos nos tornar muito mais conscientes das sensações e sentimentos, tanto como de nossos padrões de pensamento e das crenças que os alimentam. Deste lugar podemos começar a desenredá-los. Este é um processo extremamente simples, ainda que pareça difícil a princípio, em parte pela falta de prática, mas ainda mais porque fomos treinados para julgar, resistir e lutar contra o que é incômodo ou doloroso.
Em consciência e cura,
Luis Diaz
http://www.cellularmemory.org/signup_eseries_spanish.html
COMO TRANSFORMAR O SOFRIMENTO EM PLENITUDE - eSéries #4
A PARÁBOLA DA LAGOA - eSéries #3
Na eSéries anterior, falei a você sobre o poder que possui de conectar-se com o seu desenho original: o seu Corpo de Luz. Prometi que começaria a revelar os obstáculos que nos impedem de viver nossas vidas a partir desse lugar. Para fazer isso, primeiro vou lhe contar uma história.
A Parábola da Lagoa
“Era uma vez uma grande lagoa que secou sem nenhuma razão aparente. Era a lagoa mais bonita do parque e todos estavam muito orgulhosos dela. Ao seu redor havia grandes pedras e muitas flores. Os gansos e patos criavam seus filhotes enquanto compartilhavam o lugar com uma quantidade de pássaros e peixes multicoloridos.
Os pais levavam seus filhos na lagoa e permaneciam ali por várias horas, desfrutando dos perfumes, dos sons e da paisagem. Ninguém sabe realmente o que aconteceu, mas em poucos meses, as águas se tornaram escuras e pestilentas e gradualmente já não havia mais vida na lagoa. Todos os peixes morreram e os pássaros se foram, certamente buscando um ambiente mais sadio. As autoridades encarregadas do parque estavam muito confusas, sem saber o que fazer e decidiram pedir a ajuda dos especialistas.
Logo depois de estudar profundamente a situação, o primeiro especialista disse: "se conseguirmos trazer água fresca do manancial próximo, em poucos meses teremos as águas renovadas e a vida começará a voltar à lagoa".
O outro especialista pensou por um momento e coçando a cabeça disse: "Não acredito que isso resolva a situação. Não sabemos a causa do problema. Pode haver contaminação proveniente de diferentes fontes: águas poluídas, produtos químicos, vá saber... O que matou a vida na lagoa, voltará a fazê-lo se não detivermos a causa. Sugiro investigar a composição da água para encontrar a causa da poluição. Talvez necessitemos desocupar a lagoa, corrigir a origem de a toxicidade e então voltar a enchê-la com água limpa e fresca. Pode ser mais trabalhoso, tomará mais tempo mas resolverá o problema de uma vez por todas.
Esse é o meu conselho".
Essa é a história. E qual conselho você seguirá?
Sempre faço esta pergunta nos eventos que ofereço e, de forma unânime, as pessoas escolhem a segunda opção. E estou de acordo com elas. Ainda que possa parecer mais trabalhosa a princípio, a longo prazo será a mais proveitosa.
Na última eSérie, mencionamos que o Corpo de Luz se converte em corpo de dor por diversas razões. Em CMR, temos muita informação sobre esse fenômeno que Eckhart Tolle, o autor de "O Poder do Agora", chama corpo de dor. Mas neste caso, o que chamamos de corpo de dor está representado pela lagoa poluída, ou seja, é a toxicidade acumulada dentro de nós que, lhes asseguro, quando a limpamos, faz-nos sentir muito melhor. Entretanto, em minha experiência, isto não será suficiente se queremos uma lagoa saudável todo o tempo. Em primeiro lugar, devemos também soltar os padrões de pensamento associados às crenças que deram origem a dor. Estes padrões são a fonte da poluição que matou por completo a vida da lagoa nesta história.
Liberar-se dos bloqueios emocionais sem mudar as crenças que criam a dor, é como drenar as águas tóxicas de um lado da lagoa, enquanto, no outro lado, mais águas tóxicas seguem chegando. Isto pode ser um trabalho sem fim para algumas pessoas. Na minha experiência com CMR, aprendi que há duas coisas que são necessárias e complementares na cura emocional e física:
1. Drenar a lagoa liberando o corpo de dor e
2. Encontrar as crenças tóxicas que criam a poluição em nossa vida através da investigação consciente.
Aquilo em que acreditamos e do que estamos convencidos, gera sentimentos dentro de nós, e esses sentimentos disparam nossas reações inconscientes que se tornam hábitos e comportamentos de vida. Há crenças que geram comportamentos que nunca gostaríamos de mudar, como desfrutar do ser amoroso. Por outro lado, as crenças tóxicas inexploradas são a fonte principal da poluição que despercebidamente mata a vida dentro de nós e cria os bloqueios energéticos que dão forma ao corpo de dor.
Por exemplo, falemos de uma das crenças com a qual a maioria dos adultos civilizados precisam lidar hoje em dia:
"Não mereço".
Você que está lendo, conhece alguém que tenha esta crença?
Eu a tive por quase metade da minha vida. Este é um pensamento tóxico que, quanto mais acreditamos, mais nos sentimos tristes, assustados, sós ou frustrados. Como resultado, um indesejado comportamento de auto-exclusão e timidez nos envolve. Em outras pessoas, o mesmo pensamento pode criar ressentimento e uma incontrolável necessidade de "provar a mim mesmo", comportando-se de maneira irritável ou autoritária. Podemos ver esta versão em pessoas que possuem outros sob seus cuidados, como pais, professores, gerentes ou governantes. Conhece alguém assim?
Claro que sim. Eu conheço vários.
A repetição de sentimentos negativos e de comportamentos incômodos afetam nosso campo eletromagnético com camadas de carga emocional negativa. O acúmulo desta carga é a fonte criadora das contraturas no corpo de dor.
Ao mesmo tempo, este corpo de dor estimula nossas mentes e o diálogo interno dispara. É o que chamamos "conversa interior"; uma voz que nos diz como é a vida e o que deveria fazer com base nas experiências passadas.
Devido ao fato de que o corpo de dor possui seu próprio modo de perceber a vida, distorce o que vemos e acabamos não vendo mais o que realmente acontece.
Vemos através das lentes coloridas de dor acumulada dentro de nós! Soa conhecido?
Bem, é suficiente a teoria por agora, chegou o momento de praticar tudo isto.
Recorde: a CONSCIÊNCIA é o primeiro passo para uma mudança real. Sem consciência, todas as mudanças acontecem simplesmente na imaginação.
Exercício – Tornando-nos conscientes dos padrões que criam sofrimento em nossas vidas
Dê um momento para você mesmo e respire profundamente duas ou três vezes.
Expire com um som.
Agora, examine uma por uma,
as áreas mais importantes de sua vida.
Dê-se um tempo.
Escolha o que lhe causa mais incômodo neste momento:
-Suas relações familiares
-Suas relações íntimas
-Suas amizades
-Sua saúde
-Suas finanças
-Sua carreira e sua profissão
-Seu propósito e significado de vida
-Sua espiritualidade
Qual o hábito indesejável ou padrão de comportamento você nota que é o mais importante nessa área?
Escolha somente um, por favor.
Pense de que maneira este padrão afeta sua vida.
Como isto afeta sua vida e daqueles que você mais quer? Como você se sente quando pensa sobre isto?
Onde você sente em seu corpo? Como sente?
Ao fazer este exercício, está simplesmente re-coletando informação para expandir sua consciência.
Escreva em um caderno o que surgir. Não julgue o que escreve. Simplesmente deixe sair como se estivesse criando espaço livre dentro de você.
Tornar-se consciente dos padrões tóxicos, é o PRIMEIRO PASSO para que qualquer mudança possa ocorrer. Sem dar-se conta, não há nenhuma possibilidade de mudança.
Continuaremos aprofundando sobre o padrão que você escolheu nas próximas eSéries. Esmas que lo estés disfrutandoestés disfrutando.
Em conciência e cura,
Luis Diaz
http://www.cellularmemory.org/signup_eseries_spanish.html
SABER AMAR
Recebi este maravilhoso PPS da amiga Jani. Achei tão repleto de grandes ensinamentos (além das belas imagens), que não poderia me furtar a compartilhá-lo com vocês.
Trata do grande aprendizado do amor.
A Escola do Amor faz parte da Grande Escola da Vida, na qual todos estamos matriculados. Alguns tem um bom aproveitamento e um aprendizado rápido, formando-se com louvor. Talvez já tenham repetido de ano várias vezes e hoje já começam a tirar de letra esta difícil disciplina. Estão começando a aprender a amar, a perdoar, a aceitar o outro de uma forma mais plena, com menos julgamentos.
Outros, entretanto, ainda novatos, estão na batalha, ainda na fase das inúmeras recuperações e repetências.
Sem sombra de dúvida é uma das escolas mais difíceis. O seu conteúdo é bastante árduo e sofrido.
Mas a Terra, palco desta grande Escola, está passando por um momento muito especial, onde a oportunidade para expandir suas consciências e aprender está sendo dada a muitos. Vamos, portanto, aproveitar este momento especial e nos esmerarmos em nossos estudos. Vamos redobrar os nossos esforços. Vamos buscar, cada vez mais, o amor incondicional, a compaixão por nossos semelhantes, o não-julgamento.
As tarefas que recebemos para este aprendizado às vezes são árduas, mas a vitória sobre elas possui um sabor muito especial: é a sensação de plenitude e de conexão com Tudo O Que É, é a sensação de não mais estar só, é a sensação de fazer parte do Planeta, da Natureza e de tudo o que nela vive. É a consciência de fazer parte do Divino, novamente reestabelecida!
O CORPO DE LUZ - eSéries #2
Na Esérie #1 falamos que todos somos partes de um universo de energia.
Compartilhamos um exercício para que descobrissem isto por vocês mesmos e em seu próprio corpo. Recebi muitos emails de pessoas contando suas experiências e perguntando o que mais podem fazer para aprofundar este trabalho.
Desta vez vamos tentar fazer justamente isso: aprofundar o tema ‘O Corpo de Luz’.
Por natureza somos um Corpo de Luz.
O Corpo de Luz é a energia básica e fundamental que nos criou e que nos dá a vida. Representa amor, conexão, otimismo, confiança, entusiasmo e uma infinita sensação de liberdade. É uma força que flui com a vida e não contra ela. E a boa notícia é que é abundante!
O Corpo de Luz é o que regula:
• o ciclo das estações;
• o movimento de nosso planeta;
• a irrefutável ordem do universo;
• os batimentos de nosso coração e nossa respiração;
• os processos que curam e mantêm nosso corpo vivo e funcionando.
Quando esta energia que chamamos "corpo de luz" flui livremente, sem obstruções, por todo nosso sistema mente-corpo, temos acesso à saúde e ao bem-estar. E o melhor, você já a experimentou. Sentimos o Corpo de Luz quando, simplesmente, desfrutamos algo; quando sentimos paz e calma, sem nenhum motivo especial; quando sentimos amor. O Corpo de Luz ama, compartilha, brinca, dança, cria, aprecia, se conecta e desfruta da música, das crianças, da tranqüilidade, da natureza e dos animais.
Quando olhamos os olhos inocentes dos bebês, podemos nos conectar com o que realmente somos na profundidade de nosso ser, muito abaixo das camadas de energia contraídas, geradas por experiências de dor do passado. Se você passa um tempo olhando para os bebês, ou em contato com a natureza ou com os animais, e se você fica consciente do que está se passando em seu corpo, terá uma idéia mais clara do que é o seu Corpo de Luz. Notará que quando a personalidade (ou a imagem de si) não está presente, não há resistência ao momento atual, e as coisas fluem. Então, o Corpo de Luz se manifesta, e essa manifestação sempre é vivida como uma bênção. A expressão "corpo de luz" descreve o que existe abaixo do corpo de dor ou, para ser mais exato, se encontra cronologicamente antes dele. Quanto menor é o corpo de dor em um dado momento, maior é o Corpo de Luz que experimentamos. Não só os bebês o experimentam. Nós, os adultos, temos muitas oportunidades de sentir o Corpo de Luz como verão abaixo:
Aqui seguem três exemplos:
• Um músico pode experimentá-lo enquanto compõe uma melodia ou toca uma peça. Nesse caso, a melodia flui através dele como se não houvesse ninguém mais e a música simplesmente estivesse "tocando".
• Alguns desportistas experimentam este fluxo quando sentem que o jogo flui através deles, sem nenhum esforço nem preocupação.
• Um casal pode experimentar o Corpo de Luz quando, por um instante, esquecem todo o conceito ou sentimento de separação e nenhum dos dois sabe onde termina seu corpo e começa o do outro.
Mas o Corpo de Luz não é uma peça musical, um jogo desportivo, ou um amante. Sua freqüência vibratória, a diferença do corpo de dor, não pode ser provocada por um estímulo exterior. O Corpo de Luz é a matriz básica do nosso desenho humano, e como tal, não pode perder-se ou ser destruído.
Como disse um velho amigo, há 2000 anos: "Afirmo-lhes que, se vocês não mudarem ou não se tornarem como crianças, não entrarão no Reino dos Céus" (Mateus, 18:3).
Não é surpresa que os sábios e mestres antigos sempre tenham elogiado a inocência das crianças e a tenham tomado como referência para o trabalho interior e para o desenvolvimento da consciência.
Ainda indefesos, sem cabelos e estando nus, os bebês são seres felizes e livres, muito próximos à manifestação pura do Corpo de Luz. O sistema corpo-mente de um recém nascido é altamente sensitivo e receptivo. Sua vida está dedicada principalmente a absorver experiências novas e, como uma esponja, aberta ao que a vida lhe oferece a cada momento. Em um momento é completamente feliz e cinco segundos mais tarde está chorando inconsolável. Entretanto, qualquer coisa que surja, "bons" ou "maus" sentimentos, são sentidos e reconhecidos como sagrados, porque não há julgamentos. Eles são mestres no que se refere a sentir e permitir seus sentimentos.
Exercício – Façamos a conexão com o Corpo de Luz
Escolha um momento em que possa estar relaxado e possa estar em silêncio. Feche seus olhos e imagine um lugar na natureza em que se sinta como em casa. Pode ser um lugar que você lembre ou um lugar imaginário. Visualize-se estando só nesse lugar, sem ter que fazer nada, e sem que haja ninguém com quem falar. Respire lentamente. Faça uma lista dos sons que há no lugar, dos aromas e da atmosfera que o cerca.
Traga a sua atenção para o seu corpo.
Como sente o seu corpo nesse lugar? Como está a sua mente?
Respire lentamente e desfrute do lugar.
Fique ali por um momento. Desfrute o tempo.
Não há pressa...
Agora, observe se experimentou o Corpo de Luz.
Como você sabe?
Busque qualquer sensação de paz, amor, gozo, liberdade, leveza ou amplitude. Se as sentir, é provável que você tenha começado a lembrar do seu verdadeiro ser.
Desejo que tenha desfrutado. Na próxima eSérie, exploraremos os diferentes fatores que afetam nossa conexão com nosso Corpo de Luz e impedem que experimentemos bem-estar em nossas vidas. Também aprenderemos vários métodos para modificar a situação e retornar ao nosso desenho original.
Em consciência e cura,
Luis Diaz
Site: CMR - Liberación de la Memoria Celular
Tradução para o português: Eleonôra
A OPÇÃO DE SER FELIZ
A opção de ser feliz é totalmente nossa.
Mesmo em meio a uma tempestade podemos ser felizes, olhando-a com um sorriso, admirando-a e aprendendo alguma coisa, que com certeza, fará um diferencial em nossas vidas.
Mesmo em meio ao tumulto de certas situações cotidianas, podemos encontrar a Paz, através do entendimento de que tudo é adequado e de que o Universo - ou o Divino - sempre organiza tudo dentro de um processo de sincronicidade. Se algo ocorre em nossas vidas, mesmo que no momento imaginemos que possa ser inadequado, o tempo mostrará que havia uma razão maior para que aquilo acontecesse.
Nada acontece por acaso. Tudo tem como objetivo um Bem Maior.
E a confiança nesta verdade, faz com que a nossa atitude passe a ser de entrega, uma entrega que nos leva à Paz e à Felicidade.
A opção de Ser Feliz permite-nos caminhar através dos acontecimentos com tranqüilidade, mantendo sempre a Alegria no coração. A opção de Ser Feliz é o resultado de um Amor Maior por nós mesmos. Quanto mais nos amamos, menos nos deixamos levar pelas energias mais densas que possam estar a nossa volta, menos somos influenciados pelas circunstâncias do dia a dia. Quanto mais nos amamos, mais força teremos para buscar a imersão na Paz, na Alegria e na Harmonia.
Isto se torna real até mesmo no nível do Bem Estar e da Saúde Física. Sabemos que o estresse, a tristeza, a raiva, enfim, quaisquer sentimentos desarmônicos trazem desequilíbrios a nossa saúde física e emocional. E é obvio que, se dedicamos a nós mesmos um amor incondicional, também estaremos desejando viver com total Saúde e Bem Estar, em todos os aspectos.
E como conseguir isto?
Tentemos perceber as escolhas que estamos fazendo. Estamos utilizando todo o nosso Poder Pessoal e Divino, concedido a nós, como partes que somos de Tudo O Que É (de Deus, do Divino, da Divindade ou do Universo)? Ou estamos permitindo que as circunstâncias nos manipulem? Ou estamos entregando o nosso Poder ao outro?
Os atributos Divinos, que fazem parte de nós e estão presentes no nosso DNA, são o Poder, o Amor e a Sabedoria. Eles passam a se tornar ativos, na medida em que nos tornamos conscientes que eles existem dentro de nós. Como atributos Divinos, eles não têm nada a ver com o poder, a sabedoria e o amor egóicos, que estão sempre acompanhados de manipulação, de competitividade, de domínio.
O Poder, o Amor e a Sabedoria Divinos embora tenham a ver diretamente com a nossa evolução pessoal, tem a ver também com o bem coletivo, ou seja: com o nosso crescimento, com a nossa evolução, com o desenvolvimento do Amor por nós mesmos, do nosso Poder e Sabedoria, estaremos mais aptos a interagir com o próximo, com Compaixão e Amor e estaremos colaborando com a Paz do nosso amado Planeta.
Portanto, esteja sempre totalmente presente dentro de você mesmo, observando-se a cada momento.
Você está utilizando com consciência os seus atributos Divinos? A sua opção, neste momento, está sendo a de Ser Feliz?
Você não está aqui e agora, nesta Vida, por acaso. A sua presença é, justamente, para aprender a Ser Feliz. E isto se torna verdade a partir do momento em que você passa a Amar-se de forma Incondicional, a aceitar-se plenamente e a sentir que, para você, a pessoa mais importante é você mesmo. O seu próprio Poder Pessoal e Divino não deve ser entregue, de forma alguma, a ninguém. Só você é Dono do seu Destino, da Sua Vida!
Ame-se e aprenderá a Amar a Tudo e a Todos que o cercam! Ame-se e aprenderá a aceitar e a conviver com o outro de forma incondicional! Ame-se e aprenderá a viver em Paz, com Alegria e Felicidade! Ame-se e se aceite e verá como aprenderá a tolerar e aceitar o outro, sem tantos julgamentos!
Seja Feliz, incondicionalmente!!!!
Um grande beijo no coração
A VIDA É COMO UM FILME
"Este assim chamado universo é como um show de ilusionismo, um filme. Para ser feliz, olhe para ele dessa forma"
Se você está infeliz, você tomou a vida muito seriamente. E não tente achar algum jeito de como ser feliz. Apenas mude a sua atitude. Você não pode ser feliz com uma mente séria. Com uma mente festiva, você pode ser feliz. Tome toda esta vida como um mito, como uma história. Ela é uma história, mas uma vez que você a toma dessa maneira, você não será infeliz. A infelicidade vem da extrema seriedade. Tente por sete dias lembrar somente de uma coisa, que o mundo todo é apenas uma peça dramática - e você não será o mesmo novamente. Apenas por sete dias! Você não irá perder muito porque não tem nada para perder.
Você pode experimentar. Por sete dias tome todas as coisas como uma peça dramática, apenas como um filme. Estes sete dias lhe darão muitos vislumbres de sua natureza búdica, de sua pureza interior. E uma vez que você tenha tido um vislumbre você não poderá ser o mesmo novamente. Você será feliz e você nem pode imaginar que tipo de felicidade pode lhe acontecer, porque você não conheceu nenhuma felicidade. Você conheceu somente graus de infelicidade: algumas vezes você era mais infeliz, algumas vezes menos infeliz e quando você era menos infeliz você chamava isso de felicidade.
Você não sabe o que é a felicidade porque você não pôde conhecê-la. Quando você tem um conceito do mundo no qual você o toma muito seriamente, você não pode conhecer o que a felicidade é. A felicidade acontece somente quando você está enraizado nesta atitude: que o mundo é apenas uma brincadeira, um jogo.
Assim tente isso, e faça todas as coisas de uma maneira festiva, celebrando, participando de uma "encenação" - não de uma coisa real. Se você é um marido, brinque, seja um marido brincalhão; se você é uma esposa, seja uma esposa brincalhona. Faça disso apenas uma brincadeira. E existem regras, naturalmente; qualquer jogo para ser jogado precisa de regras. Casamento é uma regra e divórcio é uma regra, mas não seja sério em relação a elas. Elas são regras e uma regra causa outra. O divórcio é ruim porque o casamento é ruim; uma regra causa outra! Mas não as leve seriamente e então olhe como a qualidade de sua vida muda imediatamente.
Vá para sua casa esta noite e se comporte com sua esposa ou marido ou seus filhos como se você estivesse fazendo parte de um drama e veja a beleza disso. Se você estiver representando um papel você tentará ser eficiente mas você não ficará perturbado. Não existe necessidade. Você representará o papel e irá dormir. Mas lembre-se: isso é uma representação. E por sete dias continuamente siga esta atitude. Então a felicidade pode acontecer para você e uma vez que você saiba o que a felicidade é, você não necessita se mover para a infelicidade, porque é uma escolha sua.
Você é infeliz porque você escolheu uma atitude errada com relação à vida. Você pode ser feliz se você escolher uma atitude certa. Buda enfatiza muito a atitude certa. Ele faz disto uma base, um fundamento - a atitude certa. O que é atitude certa? Qual é o critério? Para mim este é o critério: a atitude que o faz feliz é a atitude certa e não existe nenhum critério objetivo. A atitude que o faz infeliz e miserável é a atitude errada. O critério é subjetivo; sua felicidade é o critério.
Osho, The Book of the Secrets, v3, 3 37
FRAGMENTOS DA OBRA “AS MULHERES QUE AMAM DEMAIS”, de Robin Norwood
Quando estar apaixonada significa sofrer, estamos amando demais.
Quando a maioria de nossas conversas com amigas íntimas são acerca dele, de seus problemas, suas idéias, seus sentimentos, e quando quase todas as nossas frases começam com "ele...", estamos amando demais.
Quando desculpamos seu mau-humor, seu mau caráter, sua indiferença ou sua falta de gentileza, como sendo problemas devidos a uma infância infeliz, e tratamos de nos converter em sua psicoterapeuta, estamos amando demais.
Quando lemos um livro de auto-ajuda e sublinhamos todas as passagens que o ajudariam, estamos amando demais.
Quando não gostamos de muitas de suas condutas, valores e características básicas, mas as suportamos com a idéia de que, se fôssemos suficientemente atraentes e carinhosas, ele iria querer mudar por nós, estamos amando demais.
Quando nossa relação prejudica nosso bem-estar emocional e, inclusive, nossa saúde e integridade física, sem dúvida estamos amando demais.
FRAGMENTOS
Neste livro, da mesma forma que em tantos livros de "auto-ajuda", há uma lista de passos a seguir a fim de mudar. Se você decide que realmente deseja seguir esses passos, necessitará - como em toda a mudança terapêutica - anos de trabalho e nada menos que sua dedicação total. Não há atalhos para sair do padrão de amar demais. É nele que você está se apoiando.
(...)
Amar demais não significa amar muitos homens, nem apaixonar-se com muita freqüência, nem sentir um amor genuíno excessivamente profundo por outro ser. Na verdade, significa ter uma obsessão por um homem e chamar essa obsessão de "amor", permitindo que ela controle nossas emoções e grande parte de nossa conduta. Muitas vezes compreendemos que ela exerce uma influência negativa sobre nossa saúde e nosso bem-estar, mas nos sentimos incapazes de livrar-nos dela. Significa medir nosso amor pela profundidade de nosso tormento.
Características das “mulheres que amam demais”
1- Tipicamente provêm de um lar disfuncional onde ou o pai, ou a mãe ou ambos não satisfizeram suas necessidades emocionais.
2- Tendo sentido essa carência de afeto, procura compensar indiretamente essa necessidade insatisfeita proporcionando afeto, especialmente a homens que parecem, de alguma forma, necessitados.
3- Tendo em vista que nunca pôde converter seu pai em um ser atento e carinhoso, como tanto ansiava, reage profundamente diante da classe de homens emocionalmente inacessíveis, a quem volta a tentar mudar, por meio de seu amor.
4- Como sente pavor de ser abandonada, faz qualquer coisa para evitar que uma relação se dissolva.
5- Quase nada é muito problemático, ou é muito demorado, ou muito custoso se está “ajudando” o homem com quem está envolvida.
6- Acostumada à falta de amor nas relações pessoais, está disposta a esperar, conservar esperanças e esforçar-se mais para gratificar-se.
7- Está disposta a aceitar muito mais do que cinqüenta por cento da responsabilidade, da culpa e das censuras em qualquer relação.
8- Seu amor próprio é criticamente baixo, e no fundo não acredita merecer a felicidade. Em troca, acredita que deve lutar pelo direito de desfrutar a vida.
9- Necessita com desespero controlar seus homens e suas relações, devido a pouca segurança que experimentou na infância. Dissimula seus esforços de controlar as pessoas e as situações sob a aparência de “ser útil”.
10- Em uma relação, está muito mais em contato com seu sonho, como ele poderia ser, do que com a realidade da situação.
11- É adicta a homens e à dor emocional.
12- É provável que esteja predisposta emocionalmente e, com freqüência, bioquimicamente, para tornar-se adicta às drogas, ao álcool e/ou a certas comidas, em particular aos doces.
13- Ao ver-se atraída para pessoas que têm problemas por resolver, ou envolvida em situações caóticas, incertas e emocionalmente dolorosas, evita concentrar-se na responsabilidade para consigo mesma.
14- É provável que tenha uma tendência aos episódios depressivos, os quais procura prevenir por meio da excitação que lhe proporciona uma relação instável.
15- Não é atraída pelos homens que são amáveis, estáveis, confiáveis e que se interessam por ela. Estes homens “agradáveis” lhe parecem aborrecidos.
16- Antes de sua recuperação, uma mulher que ama demais, geralmente:
a) Pergunta "Quanto ele me ama (ou necessita)?" e não "Quanto eu o amo?"
b) A maioria de suas relações sexuais com ele são motivadas por "Como posso fazer para que ele me ame (ou necessite) mais?"
c) Seu impulso de entregar-se sexualmente a outros a quem perceba como necessitados, pode resultar em uma conduta que ela mesma considera promíscua; mas seu objetivo é, principalmente, a gratificação da outra pessoa, e não dela mesma.
d) O sexo é uma das ferramentas que usa para manipular ou modificar o seu par.
e) Seguidamente as lutas de poder de manipulação mútua lhe parecem muito excitantes. Comporta-se de forma sedutora para conseguir o que quer, e se sente muito bem quando dá resultado e muito mal quando isto não acontece. O fato de, geralmente, não obter o que quer a leva a esforçar-se mais.
f) Confunde angústia, medo e dor com amor e excitação sexual. À sensação de ter um nó no estômago chama de "amor".
g) Excita-se a partir da excitação dele. Não sabe sentir-se bem por si mesma; de fato, sente-se ameaçada por seus próprios sentimentos.
h) A menos que tenha o desafio de uma relação não gratificante, torna-se inquieta. Não a atraem sexualmente os homens com quem não luta, a quem chama "aborrecidos".
i) Seguidamente une-se a um homem de menor experiência sexual, para poder sentir-se no controle.
j) Deseja a intimidade física, mas por temer ver-se envolvida por outro e/ou levada por sua própria necessidade de afeto, só se sente cômoda com a distância emocional criada e mantida pela tensão da relação. Torna-se temerosa quando um homem está disposto a acompanhá-la emocional e sexualmente. Foge dele ou se afasta.
(...)
São necessários interesses comuns, valores e objetivos comuns e capacidade para uma intimidade profunda e duradoura, se desejarmos que o encantamento erótico inicial de um casal se transforme em uma relação afetuosa e comprometida, que suporte o passar do tempo.
(...)
O preço que pagamos pela paixão é o medo. E a mesma dor e o mesmo medo que alimentam o amor apaixonado também podem destruí-lo.
(...)
Por outro lado, nossa cultura outorga um aspecto romântico ao sofrimento por amor e ao fato de ser adicto a uma relação (canções populares, ópera, literatura clássica, telenovelas...)
(...)
O padrão de desenvolver relações nas quais seu papel é compreender, animar e melhorar o casal é uma fórmula muito utilizada pelas mulheres que amam demais e que, geralmente, produz resultado exatamente contrário ao esperado.
(...)
"A princípio eu estava tão vazia que sentia como se o vento me atravessasse. Mas com cada decisão que tomava por mim mesma, esse vazio começava a encher-se um pouco mais. Precisava averiguar quem era eu, do que eu gostava ou não, o que queria para mim e para minha vida. Não podia descobrir essas coisas a menos que tivesse tempo só para mim, sem ninguém em quem pensar e por quem me preocupar, porque quando havia outra pessoa perto eu preferia dirigir a sua vida em lugar de viver a minha".
(...)
Para a mulher que ama demais, a prática da negação é expressa de forma magnânima com o "deixar passar os defeitos dele" ou "manter uma atitude positiva". Dessa maneira, oculta o fato de que, justamente esses defeitos, permitem-na exercer o papel desejado. Quando o impulso de controlar se disfarça sob a atitude de "ser útil" e "oferecer apoio", novamente o que é ignorada é a própria necessidade de superioridade e poder, implícita nesse tipo de relação.
É necessário que reconheçamos que a prática da negação e do controle, seja qual for a forma como a chamemos, não conduz à melhoria de nossa vida nem de nossas relações. O mecanismo da negação nos leva a relações que permitem a representação compulsiva de nossas velhas lutas, e a necessidade de controlar nos mantém ali, tentando mudar a outra pessoa, em lugar de mudarmos a nós mesmas.
(...)
A verdadeira aceitação de um indivíduo tal como é, sem tentar mudá-lo através do alento, da manipulação ou da coação, é uma forma muito elevada de amor e, para a maioria de nós, é muito difícil de praticar. Na base de todos os nossos esforços para mudar alguém há um motivo fundamentalmente egoísta, uma crença de que, através dessa mudança, seremos felizes. Não há nada de mal em desejar ser feliz. Mas colocar a fonte dessa felicidade fora de nós mesmos, nas mãos de outra pessoa, significa que deixamos de lado nossa capacidade e nossa responsabilidade de modificar nossa própria vida para o bem.
(...)
Para que a esposa de um viciado em trabalho esteja livre para viver uma vida plena, faça o que fizer seu esposo, deve chegar a acreditar que o problema dele não é seu, e que não está em seu poder, nem é seu dever, nem seu direito mudá-lo. Deve aprender a respeitar o direito que ele tem de ser quem é, ainda quando ela deseje que seja diferente.
Ao fazê-lo, ela ficará livre: livre de ressentimento pela inacessibilidade dele, livre de culpa por não ser capaz de mudá-lo, livre da carga de tentar, incansavelmente, mudar o que não pode.
Com menos ressentimento e culpa é provável que ela comece a sentir mais afeto por ele, pelas qualidades que verdadeiramente aprecia.
Quando ela deixar de tentar mudá-lo e focalizar sua energia para o desenvolvimento de seus próprios interesses, experimentará certo grau de felicidade e satisfação, sem importar o que ele faça. Daí em diante, talvez ela descubra que seus objetivos são suficientemente gratificantes e que pode desfrutar uma vida plena e satisfatória só, sem muita companhia de seu esposo. Assim, à medida que consiga tornar-se cada vez menos dependente dele para sua felicidade, ela pode decidir que seu compromisso com um homem ausente não tem sentido e pode prosseguir sua vida sem o constrangimento de um matrimônio insatisfatório. Nenhum destes dois caminhos é possível, enquanto ela tiver necessidade de que ele mude para que ela seja feliz. Até aceitá-lo tal como é, estará congelada, em animação suspensa, esperando que ele mude para poder começar a viver sua vida.
Quando uma mulher que ama demais se dá por vencida em sua cruzada de mudar o homem de sua vida, então ele fica só para refletir nas conseqüências de seu próprio comportamento. Como ela já não está frustrada nem infeliz, mas cada vez mais entusiasmada com a vida, se intensifica o contraste com a existência dele. Ele pode escolher lutar para livrar-se de sua obsessão (...) ou talvez não.
As mulheres que amam demais e apresentam algumas das condutas anteriormente expostas, só poderão recuperar-se quando descobrirem a capacidade de amar a si mesmas em primeiro lugar.
Tradução para o português: Eleonôra
TODOS NÓS SOMOS FEITOS DE ENERGIA - E-SÉRIE # 1
Para sermos capazes de curar a nós mesmos devemos compreender com todo nosso ser, que o universo é composto em sua totalidade de energia.
Tudo ocorre dentro do campo eletromagnético do universo, e tudo o que existe é parte dele. Nas últimas décadas a ciência demonstrou o que muitos ensinamentos de antigas culturas vêm dizendo há milhares de anos, isto é: o que chamamos mundo físico ou universo manifesto não está composto de matéria sólida, mas de energia como elemento de base.
• O universo inteiro é composto desta energia.
• O tempo e o espaço são as dimensões ao longo das quais ela se move. Tudo o que conhecemos é feito de energia, tanto em forma de matéria como de radiação.
• Uma das características que mais chamam a atenção na energia é a sua capacidade de permanecer constante.
• Até agora não foi possível observar ou provar que a energia possa ser criada ou possa ser destruída.
• A energia é o princípio fundamental que deu origem ao universo, já que possui todas as qualidades necessárias para este propósito.
As coisas que vemos, cheiramos, saboreamos e tocamos parecem ser sólidas, líquidas ou gasosas, e também parecem ser entidades separadas. A física quântica nos permite observar estas coisas minuciosamente e em muito maior detalhe, em seus níveis atômicos e subatômicos. Nesses níveis, o que parece ser matéria sólida, líquida ou gasosa se converte em um grupo de partículas cada vez menores que contêm partículas ainda menores, e assim sucessivamente. Desta forma chegamos a um lugar onde tudo é simplesmente energia pura.
A física quântica descobriu que mesmo o elemento mais denso e sólido, quando é analisado em um nível infinitesimal, não é o que parece ser. Os cientistas que apoiam este novo paradigma afirmam que qualquer elemento visível ou tangível, quando é reduzido ao nível de suas partículas, é ao menos uns 99,99 por cento espaço vazio!
A noção de que um elemento ou objeto possui uma posição, massa ou velocidade é, então, o resultado de uma percepção falsa. Em outras palavras: qualquer objeto criado, é um novelo de energia composta, em sua maior parte, de espaço vazio e de partículas cujo estado não pode ser determinado, já que estão constantemente entrando e saindo do estado de existência. Em um momento existem e no instante seguinte deixam de existir. A grande pergunta que os cientistas se fazem é:
Para onde vão as partículas quando deixam de existir e de onde vêm quando aparecem diante de nossos olhos?
Como nós fazemos parte deste universo, somos, portanto, também feitos de energia flutuante e mutante. Tudo dentro de nós--e ao redor de nós--possui a mesma qualidade de energia flutuante. Somos parte de um imenso mar de energia que está constantemente mudando e pulsando entre a existência e a não-existência.
Se tudo é energia, e esta energia possui uma densidade diferente, de acordo com a freqüência com que vibra, nossos pensamentos, que são um tipo relativamente leve e sutil de energia, são uma forma de energia veloz e facilmente mutante. Uma pedra, por outro lado, é composta de energia relativamente muito mais densa e, portanto, é menos provável que mude com facilidade.
Exercício - Todos nós somos energia
Detenha-se um momento para perceber o seu corpo e as coisas que o cercam e sinta que seu corpo está vivo.
Não precisa mover as pernas ou braços para reconhecer que está vivo. Simplesmente sinta a sua presença. Gradualmente, faça o mesmo com outras partes do seu corpo.
As células do seu corpo têm estado vivas todo o tempo, enquanto estavas lendo e pensando. Ocupe seu tempo para dar-se conta de que existe uma incrível inteligência que opera em seu corpo e assim, nos corpos de todos os seres da criação.
Respire profundamente enquanto você toma mais e mais consciência desta omnipresença energética que a tudo impregna. Tudo é energia, manifestada sob diversas formas e em diferentes estados e freqüências.
Feche os olhos e imagine que está submerso em um vasto oceano de energia.
Permita-se ser parte dele...
Respire, você está vivo/a...
Espero que tenha desfrutado de nossa primeira eSérie. Na próxima, compartilharei com você como podemos utilizar este conhecimento para equilibrar nossas energias e direcioná-las para uma vida mais saudável e plena de alegria, para nós e para aqueles que nos rodeiam.
Em consciência e cura,
Luis Diaz
Site: CMR - Liberación de la Memoria Celular
Tradução para o português: Eleonôra
TODOS SOMOS ESPELHOS
Todos somos extensões do campo universal de energia ou diferentes pontos de vista de uma única entidade. Isto implica ver todas as coisas do mundo e todas as pessoas do mundo, dando-nos conta de que estamos olhando para outra versão de nós mesmos. Você e eu somos o mesmo. Tudo é o mesmo. Todos somos espelhos dos demais e devemos aprender a ver-nos no reflexo das demais pessoas. A isto chamamos espelho das relações. Através do espelho de uma relação, descubro meu eu não circunscrito. Por esta razão, o desenvolvimento das relações é a atividade mais importante de minha vida. Tudo o que vejo a meu redor é uma expressão de mim mesmo.
As relações são uma ferramenta para a evolução espiritual, cuja meta última é a unidade de consciência. Todos somos, inevitavelmente, parte da mesma consciência universal. Mas os verdadeiros avanços têm lugar quando começamos a reconhecer essa conexão em nossa vida cotidiana.
As relações são uma das maneiras mais efetivas para alcançar a unidade de consciência, porque sempre estamos envolvidos em relações. Pense na rede de relações que você mantém: pais, filhos, amigos, companheiros de trabalho, relações amorosas. Todas são, em essência, experiências espirituais. Quando você está apaixonado, romântica e profundamente apaixonado, você tem uma sensação de intemporalidade. Nesse momento, você está em paz com a incerteza. Sente-se maravilhado, mas vulnerável; sente proximidade, mas também desproteção. Você está se transformando, mudando, mas sem medo. Sente-se maravilhado. Essa é uma experiência espiritual.
Através do espelho das relações, de cada uma delas, descobrimos estados expandidos de consciência. Tanto aqueles a quem amamos como aqueles por quem sentimos rejeição, são espelhos de nós. Por quem nos sentimos atraídos? Por pessoas que têm características similares às nossas. Mas isso não é tudo. Queremos estar em sua companhia porque, subconscientemente, sentimos que ao fazê-lo nós podemos manifestar mais dessas características. Do mesmo modo, sentimos rejeição pelas pessoas que refletem as características que negamos em nós. Se você sente uma forte reação negativa em relação a alguém, pode estar seguro de que você e essa pessoa têm características em comum, características que você não está disposto a aceitar. Se as aceitasse, não lhe incomodariam.
Quando reconhecemos que podemos nos ver nos demais, cada relação se converte em uma ferramenta para evolução de nossa consciência. Graças a esta evolução experimentamos estados expandidos de consciência.
Na próxima vez que você se sentir atraído por alguém, pergunte-se o que lhe atraiu. Sua beleza, graça, elegância, autoridade, poder ou inteligência? Qualquer coisa que tenha sido, seja consciente de que essa característica também existe em você. Se você prestar atenção a esses sentimentos poderá iniciar o processo de se converter em você mais plenamente.
O mesmo se aplica às pessoas por quem sente rejeição. Ao adotar mais plenamente seu verdadeiro eu, deve compreender e aceitar suas características menos atraentes. A natureza essencial do Universo é a coexistência de valores opostos. Você não pode ser valoroso se não tiver um covarde em seu interior; não pode ser generoso se não tem um avarento; não pode ser virtuoso se não tem a capacidade para atuar com a maldade.
Gastamos grande parte de nossas vidas negando este lado escuro e terminamos projetando essas características escuras em quem nos rodeia. Você conhece pessoas que atraem sistematicamente para sua vida pessoas ‘erradas’? Normalmente, elas não compreendem porque aquilo lhes acontece uma e outra vez, ano após ano. Não é que atraiam essa obscuridade; é que não estão dispostas a aprová-la em suas próprias vidas. Um encontro com uma pessoa que não lhe agrada é uma oportunidade para aceitar o paradoxo da coexistência dos opostos; de descobrir uma nova faceta de você. É outro passo a favor do desenvolvimento do seu ser espiritual. As pessoas mais esclarecidas do mundo aceitam todo o seu potencial de luz e sombra. Quando você está com alguém que reconhece e aceita seus traços negativos, nunca você vai se sentir julgado. Isto só ocorre quando as pessoas vêem o bem e o mal, o correto e o incorreto, como características externas.
Quando estamos dispostos a aceitar o lado luminoso e o escuro de nosso ser, podemos começar a curar-nos e a curar nossas relações. Todos somos multidimensionais, omnidimensionais. Tudo o que existe em algum lugar do mundo também existe em nós. Quando aceitamos esses diferentes aspectos de nosso ser, reconhecemos nossa conexão com a consciência universal e expandimos nossa consciência pessoal.
As características que distinguimos mais claramente nos demais estão presentes em nós. Quando formos capazes de ver no espelho das relações, poderemos começar a ver nosso ser completo. Para isto é necessário estar em paz com nossa ambigüidade, aceitar todos os aspectos de nós. Necessitamos reconhecer, em um nível profundo, que ter características negativas não significa que sejamos imperfeitos. Ninguém tem somente características positivas. A presença de características negativas só significa que estamos completos; graças a essa totalidade, podemos acessar mais facilmente nosso ser universal, no que nos cerca.
Uma vez que você possa se ver nos demais, será muito mais fácil estabelecer contato com eles e, através dessa conexão, descobrir a consciência da unidade. Este é o poder do espelho das relações.
Exercício:
Pegue uma folha de caderno e anote dez qualidades da pessoa que mais admira. Agora pegue outra folha e anote dez defeitos de quem mais despreza. Volte à lista nº 01 e anote três defeitos da pessoa que mais aprecia. Agora anote, na segunda lista, três qualidades da pessoa que mais abomina. Você terá 26 características.
Analise as duas listas: marque com um círculo as características (positivas e negativas) das duas listas que mais se identificam com você. Agora volte a analisar ambas as listas e marque com um asterisco os aspectos (positivos e negativos) que não se identificam de nenhuma forma com você.
Quanto mais aceitar estas características em si mesmo, mais conhecimento terá e mais fácil será aceitar os outros. Todos os nossos relacionamentos nos servem de espelho.
LIBERAÇÃO DA MEMÓRIA CELULAR - Apresentação
Encontrei Luís Angel Diaz em minha busca pela inteireza do ser, que eu acredito só tornar-se possível a partir do auto-conhecimento e da liberação profunda de padrões e sistemas de crenças condicionantes e limitantes, que impedem a livre manifestação do nosso verdadeiro EU.
Luiz vive atualmente em Nevada, na Califórnia, e é o criador do processo CMR - CELLULAR MEMORY RELEASE ou “Liberação da Memória Celular”.
Em CMR é utilizada uma metodologia única onde o objetivo é educar e treinar toda a pessoa que esteja disposta a ter o controle de sua vida, para curar-se física e emocionalmente e, dessa forma:
- reduzir o stress e aumentar a vitalidade;
- curar problemas físicos e emocionais;
- mudar padrões de conduta que causam danos;
- solucionar conflitos de família ou de trabalho e para
- curar o passado doloroso que pode estar nos afetando.
O que diferencia o processo CMR de outras metodologias, é que podemos aprender de maneira muito simples e, uma vez aprendido, podemos utilizar as ferramentas por nós mesmos para melhorar, curar e modificar nossa vida, sem ter que depender de outros para fazê-lo.
O processo CMR para Liberação da Memória Celular é único, tendo em vista que acontece através da energia vital no corpo da pessoa que o pratica. Assim, nós mesmos descobrimos e utilizamos a sabedoria que já existe em nosso corpo e, como conseqüência disto nos empoderamos e crescemos em nosso próprio processo e desenvolvimento. Além disso, uma vez que aprendemos este trabalho, podemos transmiti-lo a nossos seres queridos de uma forma muito simples.
Em CMR se trabalha com a consciência de que nosso mundo interno cria nosso mundo externo e que nossa vida pode melhorar externamente na medida em que melhoramos internamente.
Para mostrar-nos que o nosso potencial e as nossas possibilidades são muito maiores do que a nossa vida está nos mostrando no momento presente, Luiz Angel Diaz disponibiliza, gratuitamente, em espanhol e em inglês, o que ele denomina E-SÉRIES GRATUITAS SOBRE CURA EMOCIONAL e memória celular.
E, com a gentil autorização de Luiz, estaremos traduzindo e disponibilizando também para você, periodicamente, as 10 E-SÉRIES completas.
Se você quiser saber mais sobre a técnica, poderá visitar o site, em espanhol: http://www.cellularmemory.org/index_spanish.php .
Postaremos hoje a primeira E-SÉRIE, logo abaixo, que é, na realidade, o oitavo capítulo do livro "La memoria en las células", de autoria de Luís Angel Diaz.
Desejo que usufruam deste material e que ele possa lhes proporcionar novos 'insights', que se tornem responsáveis por mais um passo para a Construção de Sua Nova Consciência.
LIBERAÇÃO DA MEMÓRIA CELULAR - INTRODUÇÃO
Luís Angel Diaz
A BUSCA
Conectar-se com o bem-estar, com a liberdade e prazer interior é possível. Sentir a plenitude de estar em harmonia com o que lhe rodeia e a felicidade de estar vivo em cada poro de sua pele, é possível. Paradoxalmente, também é possível elevar-se e alcançar a paz através da dor, com os pés no sofrimento. Uma paz nascida da aceitação, da reconciliação com o seu próprio ser e com as transformações, da comunhão com o universo.
Se você está sofrendo, está no caminho. Se de alguma maneira existe uma parte sua que sabe, que intui que existe algo mais do que aquilo que se pode perceber com os sentidos, se você acredita que não é possível que tanta dor no mundo não frutifique em um despertar, você está no caminho.
Se você tem este livro em suas mãos, pode começar a tarefa de reconstruir o marco de sua existência. Talvez não possa transformar o que lhe sucede, mas certamente pode modificar o que lhe provoca e o que significa para você isso que lhe sucede.
Lembre: há uma inteligência incrivelmente vasta dentro de você, a mesma que opera em todo o Universo.
Quando eu era pequeno, costumava observar os adultos. A vida passava diante dos meus olhos como um filme e as pessoas mais velhas que me cercavam pareciam atores que interpretavam uma opereta e um papel. Tinha cinco anos e já experimentava o que depois eu soube que era depressão: sentia-me “pesado”, desconectado do mundo, tinha idéias suicidas. Estava dominado por uma sensação de debilidade e impotência. Estava quase sempre cansado. Cheguei a ficar com bastante sobrepeso e, constantemente, saia desses sentimentos desagradáveis ou comendo ou olhando televisão. Já naquela época, sentia bater profundamente dentro de mim a certeza de que, mais além dessa encenação, devia existir outra maneira de viver a vida. Sob uma fachada de doçura, eficiência e adaptação, germinava em mim uma dor emocional permanente. Depois, quando fui “civilizado”, “domado” pela cultura onde me coube a sorte de crescer, essa percepção passou para um segundo plano e ocorreu algo semelhante ao esquecimento. A essa altura, como costuma acontecer, já tinha aprendido a dissimular e a negar o que sentia.
Durante o longo e penoso processo através do qual me converti em adolescente, foi tomando conta de mim, paulatinamente, a certeza de que havia uma falha em mim, algum defeito irrecuperável. Entretanto, isto me trazia sentimentos confusos e contraditórios: poder ver as coisas de uma maneira diferente dos demais, estar fora dos padrões que os adultos me assinalavam fazia com que eu me sentisse “especial”, mas também com vergonha e culpa. “Quem você acredita que é?”, dizia dentro de mim uma voz que soava cada vez mais alto. Meu corpo expressava essa tensão interna através de dores no pescoço e nas costas, problemas digestivos e acidez estomacal. Os hábitos de constante ansiedade e intensa preocupação converteram-se num comportamento crônico e compulsivo.
Tinha só 17 anos e era tão grande o meu desespero, que busquei ajuda na psicanálise. Junto a Maria Lidia, uma gentil profissional com formação espiritual, não dogmática e nem religiosa, pude começar a reconhecer que, até então, tinha estado mentindo para mim mesmo. Dei-me conta de que jamais me importei de verdade com aquelas prioridades e valores familiares socialmente aceitos, como o de ser “alguém” ou o “que dirão os demais”; nem o de formar uma família, criar uma reputação ou ter muito dinheiro, como passaporte de uma vida afortunada. Foi dessa forma que, aos 21 anos, e contra todos os conselhos recebidos, abandonei a carreira de Arquitetura e me dediquei a praticar Yôga, meditação e vegetarianismo com um grupo de monges hindus. Com eles aprendi muitas coisas que me serviram em minha posterior carreira.
Paralelamente, comecei meus estudos de cura holística e medicina oriental. Esta foi uma mudança absoluta e radical, que marcou o começo de uma nova vida de criatividade, motivação e satisfação que ainda experimento hoje, vinte e cinco anos mais tarde.
Tinha 21 anos e estava aprendendo uma das mais importantes coisas que um ser humano pode aprender. Aprendi a fazer as minhas escolhas, com base naquilo que me fazia sentir bem, ao invés de fazê-las porque “devia” ou pelo que se esperava de mim. Aprendi que a fórmula perfeita para uma vida de sofrimento é viver buscando aceitação e aprovação dos demais. Desta forma, digo “sim” a eles e digo “não” a mim mesmo.
A partir de então me dediquei à busca da prometida liberação que ensinam as doutrinas orientais. Estudei e pratiquei diversos ensinamentos de cura e de despertar da consciência. Participei de inúmeros “workshops” e treinamentos. Queria expandir meus conhecimentos, aprender a melhorar minha vida e ajudar os outros a consegui-lo também.
Foi assim que estudei Shiatsu e outras disciplinas da medicina Oriental: Chi-Chi Kung, Tui Na, Nutrição, Macrobiótica, Digitopuntura, Acupuntura, Auriculoterapia, Ervas Medicinais, Homeopatia e Reflexologia.
Motivado pela paixão de seguir aprendendo e de ser mais eficaz em meu trabalho, estudei Astrologia Científica, Iridologia, Hipnoterapia, PNL – Programação Neurolinguística, Touch for Health (Toque para a Saúde) e Kinesiologia especializada, NOT – Neural Organization Technique, Técnica de Organização Neuronal, EFT – Emotional Freedom Technique, Técnica de Liberdade Emocional e outras disciplinas.
Com as melhores intenções, passei vários anos submerso nos conhecimentos acadêmicos e espirituais relacionados com minha carreira, estudando diferentes cosmogonias e diversos métodos de cura. Mas, apesar de tudo, ainda não me sentia em paz comigo mesmo e nem me sentia livre. E, muito menos, feliz. Sentia-me “incompleto”, sempre estava faltando algo em minha vida. Aproximadamente aos trinta anos de idade, começou a se desenvolver o meu interesse pela investigação da memória celular e se aprofundou oito anos mais tarde, quando morreu Adriana, minha companheira e esposa, com quem tive três filhos, Maria, Magdalena e Santiago. Depois de vários meses, quando comecei a aplicar com meus clientes o que tinha aprendido de mim mesmo, vi que funcionava maravilhosamente. Diariamente, nas consultas, aconteciam diante de mim resultados inesperados de cura e transformação nunca vistos. Em antigas correntes espirituais este estado de sonho era chamado de estado de inconsciência ou ilusão e, os hindus o chamam de “Maya”. Quando estamos submersos nele, nós criamos o que não é real e não podemos ver o que é falso. Em algumas pessoas, o estado gerado pela fonte de bem-estar está mais acessível, porque existem menos camadas de energia compactada. Elas são mais conscientes de sua situação e podem encontrar a maneira de conectar-se voluntariamente com esse estado de ser interno. Permitir as sensações e as emoções que aparecem a cada momento, observando o que é “tal como é”, abre os portais para esse lugar interior. Permitir e aceitar o que nos acontece não significa que gostemos daquilo ou que estejamos de acordo.
Vários anos mais tarde, da maneira mais inesperada, uma experiência de profunda dor, tão intensa como nunca tinha sentido, detonou uma transformação que nunca tinha sonhado ser possível. Essa dor que parecia intolerável, me levou a descobrir um guia que não sabia possuir: uma presença que emanava de meu ser e impregnava meu corpo. De forma inesperada, a transformação dessa dor permitiu que descerrasse o véu e, simultaneamente, deixei de sentir a imperiosa necessidade de buscar. De alguma maneira soube que nada do que até então estivera procurando era em essência real para mim, assim como também não o era o tipo de vida que estava vivendo de forma tão aplicada. Foi então que voltou do esquecimento aquela certeza original que tinha em criança e compreendi, com todo o meu ser, que o mundo que acreditava real não o era. Pela primeira vez experimentei a sensação de estar completo. E com essa realização chegou um estado de liberação que trouxe consigo o sentimento de estar pela primeira vez em paz profunda.
Foi uma virada inesperada em minha vida e em minha prática profissional.
Imediatamente após ter desfalecido por causa de um aneurisma cerebral, Adriana entrou em um coma profundo do qual nunca despertaria. Ali estava eu, depois do choque inicial, como adormecido e anestesiado diante da evidência do que estava passando. Uma voz interior me perguntava uma e outra vez: “Por quê? Por quê? Por quê?” Sobre a minha cabeça sentia a pressão crescente de uma pesada coroa de ferro que apertava até tornar-se insuportável. Não podia chorar. Estava como que congelado, mas ainda fazia o possível para estar calmo.
Na sala de terapia intensiva tinha a companhia de Kelly, uma amiga muito querida, que era também uma das minhas alunas. Ela aproximou-se e me disse: “Bem, agora vamos fazer aquilo que nos tem ensinado.” Imediatamente soube do que se tratava.
Entreguei-me. Deixei de pensar e analisar, de pretender controlar, e comecei a aceitar que não sabia absolutamente nada. A permissão de sentir a dor desencadeou em mim um processo “fora do tempo”. Poucos minutos que me pareceram uma vida. Essa experiência me conduziu através de diferentes estados internos muito intensos, como a negação do que estava acontecendo, raiva e sentimentos de abandono muito profundos, terror do futuro e, paradoxalmente, culpa, muita culpa.
Finalmente, Adriana se foi, deixando-me de presente as sementes do despertar de uma nova vida. O choque que a sua perda produziu, disparou em mim o começo de um processo interno que transformou radicalmente a percepção de mim mesmo e de minha vida.
Isto ocorreu durante vários meses, quando fui descobrindo novas dimensões interiores, à medida que me permitia submergir mais e mais nos sentimentos e nas sensações corporais. No plano físico, era como se partes de mim começassem a se abrir para deixar-me acessar lugares cuja existência ignorava. Memórias de minha infância que acreditava esquecidas reapareceram nitidamente, especialmente feridas emocionais que edificaram meu sistema de crenças e da imagem de mim mesmo. E, além disso, vivências da vida intra-uterina. Pude reviver a experiência de sentir os sentimentos de minha mãe quando me levava em seu ventre. Pensei seus pensamentos e senti que seus sentimentos impregnavam todo o meu ser. Soube também, sem margem de dúvidas, que ali dentro de seu corpo tinha começado meu treinamento para chegar a ser o ser humano condicionado que cheguei a ser quando adulto.
Mas isto não terminou aí. Como uma viagem sem tempo, vieram as memórias anteriores ao útero materno e senti simplesmente o que decidi chamar “dor humana”, camadas e camadas de energia compactada em meu ser, sob uma grande pressão, antigas memórias de gerações e gerações de meus ancestrais.
Na trama dessa viagem fantástica tudo era fogo e fumaça; memórias de emoções eram absorvidas em intensos torvelinhos de energia, onde eram queimadas. Reconheci partes de mim que me causavam repulsa, lugares onde não queria ir. Soube, então, com toda a clareza, que eram exatamente nesses lugares onde teria que entrar e que neles estava a saída. Deixar-me levar através desses lugares, finalmente, abriu em mim o acesso a um lugar de total bem-estar, onde experimentei a paz, liberdade e amor incomensuráveis. Pude reconhecer-me, saber quem ou o que era a realidade. Antes de chegar a esse lugar interior tinha estado como que adormecido, quase morto.
O processo de atravessar esses espaços internos superpostos foi como a abertura de portas interiores e um ensinamento profundamente transformador. Soube que isso que estava experimentando era algo comum a todos os seres humanos e que, cedo ou tarde, todos podem abrir essas misteriosas portas.
Com o correr do tempo, o processo foi se aprofundando e também se aprofundou a aceitação de mim mesmo. Dei-me conta de que, apesar de ter estudado e praticado por quase duas décadas, não conhecia a função da dor na vida humana. Na realidade, não sabia nada sobre a dor. Era tragicômico: toda uma vida brigando contra algo que não conhecia e que, na verdade, era o que me daria uma vida nova!
Treinado para aliviar ou eliminar a dor e o incômodo, tinha combatido, resistido, rechaçado, evitado e negado a dor nos outros e em mim mesmo. Tudo o que tinha aprendido era que precisava tirá-la de cima, a todo o custo: “Se existe dor, existem erros. Se existe dor, existe um culpado. Se não encontro o culpado fora, a culpa é minha.” Não tinha me ocorrido permitir a dor e nem tornar-me seu amigo; não conhecia essa milagrosa porta. E o estado de presença é o que torna possível esse milagre; faz isto penetrando a tênue fronteira onde algo em nós passa a contemplar o que acontece no mundo que chamamos real.
A morte da minha companheira fez com que se abrisse diante de mim o mapa de meu interior e me fosse ensinado como transitá-lo. Quase sem me dar conta, fui me acostumando a estar presente no que tivesse que acontecer e a aceitar o que se apresentasse para mim. Soube que temos tudo o que necessitamos e que tudo está potencialmente latente em nosso ser, esperando ser reconhecido. Dei-me conta de que meu maior aliado é o corpo, e que há uma incrível e vasta inteligência nele impregnada e que é ativada cada vez que, conscientemente, estou presente nele.
Durante os anos de experimentação e prática de medicina holística, aprendi a conceber o ser humano como um novelo de info-energia ou de informação energética, parte indivisível de um campo eletromagnético que pode chegar a saturar com a carga emocional negativa. Com o correr do tempo, o armazenamento recorrente deste tipo de carga produz obstrução no fluido energético vital, criando um fenômeno que poderíamos descrever como compactação em forma de camadas sobrepostas. (Emoção, do latim ‘emovere’, significa ‘movimento’). Quando uma emoção é suprimida, estamos impedindo o movimento natural da energia vital. A repressão causa obstrução ou paralisia em algum lugar do campo energético e, como conseqüência, nos diferentes sistemas do organismo que se nutrem dele. As experiências de dor não processadas sufocam e reduzem a carga emocional positiva e isto conduz a uma disfunção do sistema corpo-mente. Durante toda a nossa vida usamos uma grande quantidade de força vital para suprimir emoções e manter armazenada a carga emocional negativa. O que aconteceria se tivéssemos disponível toda essa energia que usamos para reprimir? O que aconteceria se pudéssemos liberar essa carga que está bloqueada em nossas células?
Liberar a carga não é apagar a memória do evento, mas liberar a força de vida reprimida, para ser usada no crescimento e na auto-cura.
Alguns anos mais tarde chegou em minhas mãos um livro do mestre espiritual hindu Khabir e senti que suas palavras refletiam minha experiência: “Experimentei durante quinze segundos e dediquei minha vida a seu serviço”.
Trabalhando e experimentando com eles, observei que as camadas de carga emocional negativa, acumuladas e armazenadas em nós, causam muitos desequilíbrios no corpo, na mente e na alma.
Também observei que, por outro lado, os seres humanos estão desenhados de tal forma que podem transformar muitíssima dor e que acumulá-la, como fazemos normalmente, representa algo assim como uma “aberração energética”, que nos condena a viver uma vida muito limitada e condicionada, que quase poderíamos chamar de uma vida infra-humana.
Pude ver que, debaixo dessas camadas sobrepostas de energia compactada e contraída, estava alojada em cada um de nós uma fonte de poder vital extraordinária, muito difícil de conceber para o meu entendimento lógico e racional. Ali se encontrava um estado de bem-estar difícil de descrever com palavras, ainda que hoje pudesse dizer que é uma combinação de amor próprio muito profundo, liberdade, paz interna e gozo de vida sem motivo algum.
Como era possível que cada um de nós tivesse isso em seu interior e não experimentasse? Como é possível que estejamos buscando fora quando possuímos dentro?
Imediatamente lembrei-me de uma parábola sobre um miserável mendigo que, diariamente, sentava nas ruas estendendo sua mão para os transeuntes esperando receber uma moeda. Ele não sabia que a caixa que ele usava como assento estava repleta de ouro!
Este lugar tão poderoso que chamei de centro de bem-estar é algo que todos possuímos: os bons e os maus, os sábios e os ignorantes, os espirituais e os agnósticos. É a fonte de poder que faz com que sejamos o que somos e mantém nossos corpos vivos. Ocupa-se de todas as funções vitais, de movimento, mentais e emocionais; de crescimento, de auto-cura e de reprodução. Se existimos, possuímos este centro de bem-estar. Tudo o que existe, existe porque possui esta fonte de poder que o sustenta. Em nós, seres humanos, o centro de bem-estar está sufocado por camadas e camadas de dor que foram criadas por contrações energéticas e que nos separam do estado de bem-estar. É um estado de fragmentação interior, que resulta em um estado de sonho que nos impede de ver claramente o que somos na realidade.
Aliar-nos ao “que é”, por outro lado, estimula o estar presente em nossa vida. Esse estado de ser transcende o que está acontecendo no momento e é o que nos conecta com a matriz que sustenta tudo o que existe. Quando estamos reagindo diante do que nos acontece e resistindo, não estamos presentes. Estamos filtrando tudo através da imagem artificial que temos da vida e de como deveriam ser as coisas, segundo nos contaram. Mas, em troca, quando estamos presentes, nos aliamos à vida, e quando isto acontece, toda a criação se torna nossa amiga.
Site: CMR - Liberación de la Memoria Celular
Tradução para o português: Eleonôra
HOJE SOU LIVRE PARA SER QUEM EU QUERO SER
Quem não é perseguido por algum tipo de medo? O que aprendemos através da dor e das experiências difíceis, bem como o que crescemos apesar de nossos temores, só podemos apreciar em retrospectiva. Durante um momento de dor ou quando sentimos a sobrecarga de uma ansiedade opressora, percebemos somente a ausência de paz, de alegria, de segurança. Entretanto, deveríamos lembrar que nenhuma carga penosa, seja a angústia que oprime e paralisa, ou uma relação onde nos convertemos em vítimas, nos "acontece" sem o nosso consentimento - não importa o quão passivo ele tenha sido dado. Temos a liberdade de rejeitar todas as cargas e as condições que não são sadias. Não liberar nossos pesares, aferrando-nos a eles parece ser uma característica da condição humana. Talvez só sintamos desconsolo ao lembrar as lutas que deixamos para trás, aquelas que nos levaram a situações confusas ou aquelas onde não aceitamos nossa responsabilidade nelas. Mas isto também deveria fazer-nos recuperar nossas forças e nossas possibilidades de crescer.
Não somos indivíduos indefesos e sem valor, a mercê de nossos vínculos afetivos, uma vez que somos sócios absolutos do Divino, e em todos os momentos temos direito e poder para restabelecer os termos do contrato. Não é necessária uma vontade coletiva, só é preciso o amor e o respeito a nós mesmos.
Hoje sou livre para ser quem eu quero ser.
Para me lamentar ou para lutar
Para somar ou para diminuir
Para transcender ou para permanecer
Para aceitar ou para rejeitar
Para consentir ou para limitar
Para estar em cima ou para estar embaixo.
Para ser eu a caminhar seguro pela vida ou para permitir que a vida caminhe por mim…
HOJE SOU LIVRE...
E SE TENHO UMA CARGA, A ESCOLHI... E TENHO O PODER DE RENUNCIAR A ELA...
HOJE TENHO O PODER DE ESCOLHER JOGAR-ME DE UM PRECIPÍCIO E MATAR-ME...
OU DE ESTENDER MINHAS ASAS E VOAR....
FLUIR NO AMOR E NA ENERGIA DA FONTE QUE ME CRIOU...
PORTANTO... HOJE TENHO O PODER E A LIBERDADE...
DECRETADO ESTÁ!!!
REFLEXÕES DE OSHO ACERCA DO AMOR
“Eu chamo de materialista o homem que não conhece a arte de amar. Eu não chamo de materialista o homem que não acredita em Deus. E eu não chamo de religioso o homem que acredita em Deus. Eu chamo de religioso o homem que está crescendo em seu amor, em sua confiança – e vai espalhando seu êxtase por toda a existência”.
O AMOR É UM LUXO Amado Mestre, Em lugar do medo, viva o amor; eles são pólos opostos. As pessoas geralmente acham que o amor e o ódio são opostos; isso é errado, eles não são. O amor e o ódio são a mesma energia. O amor pode se tornar ódio, o ódio pode se tornar amor; eles são conversíveis. Então eles não são opostos, são complementares. Somente o amor torna alguém rico. O medo aleija, paralisa, e quanto mais paralisado, mais medroso você se torna; então é um círculo vicioso. O amor lhe da asas, ajuda-o a relaxar na vida, lhe dá coragem para experimentar a vida de maneiras diferentes. Permite-lhe todo o espectro da vida, é multidimensional. É o arco-íris inteiro, todas as cores da vida. Então a primeira coisa: abandone o medo e beba mais e mais amor, substitua o medo por amor.
O que acontecerá ao amor se não houver nada nem ninguém para conhecê-lo e prová-lo.
O homem se torna maduro no momento em que começa a amar, em vez de precisar: ele começa a transbordar, a compartilhar; ele começa a dar. A ênfase é totalmente diferente. Com o primeiro, a ênfase está em como conseguir mais. Com o segundo, a ênfase está em como dar, como dar mais, e como dar em continuidade. Isso é crescimento, maturidade chegando até você.
Como pode uma necessidade ser amor? Amor é um luxo. É abundancia. É ter tanta vida que você não sabe o que fazer com ela; então você compartilha. É ter tantas canções em seu coração, que você tem que cantá-las – se alguém as ouve ou não, não é relevante. Se ninguém ouvir, você também terá que cantá-la, você terá que dançar a sua dança.
O outro pode receber, o outro pode deixar escapar – mas no que diz respeito a você, o amor está fluindo, está transbordando. Os rios não corem por sua causa, eles estão fluindo esteja você lá ou não. Eles não fluem pela sua sede, eles não fluem para seus campos sedentos; eles estão simplesmente fluindo. Você pode matar sua sede, você pode não aproveitar – depende de você. O rio não estava realmente fluindo por você, ele simplesmente estava fluindo. É acidental que você possa conseguir água para seu campo, é acidental que você possa conseguir água para você.
Quando você não tem amor, você pede ao outro para dá-lo a você. Você é um amor. E o outro está lhe pedindo que você dê a ele ou a ela. Agora, dois mendigos estendendo suas mãos, um diante do outro, e ambos estão esperando que os outros tenha... Naturalmente ambos se sentem frustrados no fim; e ambos se sentem enganados.
Ora, esse é o paradoxo: aqueles que se apaixonam, não tem amor algum, e é por isso que se apaixonam. E porque eles não tem amor, eles não podem dar. E uma coisa mais: uma pessoa imatura, sempre se apaixona por uma pessoa imatura, porque somente eles podem se entender. Uma pessoa madura ama uma pessoa madura. Uma pessoa imatura ama uma pessoa imatura.
O problema básico amor é primeiro se tornar maduro, então você pode encontrar um parceiro maduro; então as pessoas imaturas não o atrairão de maneira alguma. É exatamente assim, se você tem 25 anos de idade, você não se apaixona por um bebê de dois anos de idade, você não se apaixona – exatamente assim. Não acontece, não pode acontecer. Quando você é uma pessoa psicológica e espiritualmente madura, você não se apaixona por um bebê. Não acontece, não pode acontecer. Você pode ver que não tem sentido.
Na realidade uma pessoa madura não se apaixona, não “cai de amor”, ela se “eleva” em amor, a palavra “cair” não é certa. Somente as pessoas imaturas caem; elas tropeçam e caem de amor. De alguma forma elas estavam conseguindo se manter em pé. E, então, elas não conseguem se manter em pé – elas encontram uma mulher e caem, elas encontram um homem e caem. Elas sempre estiveram prontas para cair no chão e rastejar. Elas não têm espinha dorsal; elas não tem a integridade de se manter em pé sozinhas.
Uma pessoa madura tem a integridade de estar sozinha. E quando uma pessoa madura dá amor, ela se sente grata por você ter aceito seu amor, e não vice-versa. Ela não espera que você seja grato por isso – não, de jeito nenhum, ela não precisa nem mesmo do seu agradecimento. Ela o agradece por você ter aceito o seu amor.
E quando duas pessoas maduras estão se amando, um dos maiores paradoxos da vida acontece, um dos fenômenos mais bonitos: elas estão juntas e ainda assim tremendamente sozinhas; elas estão tão juntas, são quase um. Mas esta unidade não destrói a unidade de cada um; na verdade ela as realça: elas se tornam mais individuais. Duas pessoas maduras no amor, ajudam uma a outra a se tornarem mais livres. Não há nenhuma política envolvida, nenhuma diplomacia, nenhum esforço para dominar. Como você pode dominar a pessoa que você ama?
Quando você chegou em casa, quando você passou a conhecer quem você é, então um amor surge em seu ser. Então a fragrância se espalha e você pode partilhar com os outros. Como você pode dar uma coisa que você não tem? Para dá-la, o primeiro requisito básico é que você tenha.
Como você pode dar presentes quando você não tem? Isso você ouve e você entende, mas então surge um problema, porque o entendimento é apenas intelectual. Se ele tiver penetrado o seu ser, se você tiver visto a factualidade disso, nenhuma questão surgirá.
Então você esquecerá todos os seus relacionamentos de dependência e você começará a trabalhar em seu próprio ser: clareando, limpando e tornando seu centro interior mais alerta, consciente; você começara a trabalhar dessa maneira. E quanto mais você começar a sentir que está chegando uma tonalidade certa, mais você descobrirá que o amor está crescendo junto – é uma conseqüência.
Ele não precisa ser reconhecido: ele não precisa nenhum reconhecimento, não precisa de nenhum certificado, não precisa de ninguém para prová-lo. O reconhecimento do outro é acidental, não essencial, para amor; o amor continuará fluindo. Ninguém o prova, ninguém o reconhece, ninguém se sente feliz, deleitado por causa dele – o amor continuará fluindo, porque no próprio fluir você se sente tremendamente alegre. No próprio fluir... quando sua energia está fluindo.
Você está sentado num quarto vazio e a energia está fluindo e enchendo o quarto vazio com seu amor; ninguém está lá – as paredes não dirão “obrigado” – ninguém para reconhecê-lo, ninguém para prová-lo. Mas isso não importa, absolutamente. Sua energia está sendo liberada, fluindo... você se sentirá feliz. A flor fica feliz quando a fragrância é liberada aos ventos; se os ventos o sabem ou não, não importa.
Eu sou. Eu sou. Se os discípulos estão aí ou não, é irrelevante; eu não sou dependente de vocês. E todo o meu esforço aqui é que vocês também se tornem independentes de mim.
Eu estou aqui para lhes dar a liberdade. Eu não quero aleijá-los, de maneira alguma; eu quero simplesmente que vocês sejam vocês mesmos. E no dia em que você se tornar independente de mim, você será capaz de me amar realmente – não antes disso.
Eu amo vocês. Não posso evitá-lo. A questão não é se eu posso amá-los ou não, eu simplesmente os amo. Se vocês não estiverem aí, esse auditório estará cheio de amor, não fará nenhuma diferença. Essas árvores ainda estão recebendo meu amor, esses pássaros continuarão recebendo-o. E mesmo que todas as árvores e todos os pássaros desapareçam, isso não fará diferença alguma – o amor ainda estará fluindo. O amor é; então, o amor flui.
O INIMIGO REAL DO AMOR
Na realidade nós amamos e nós odiamos a mesma pessoa: o amor e ódio estão sempre juntos. A oposição real é entre o amor e o medo. Eles nunca estão juntos; se você se tornar muito apegado ao medo, o amor desaparece. O medo não pode ser convertido em medo; eles não são conversíveis.
E a segunda coisa: pense no céu, na vastidão; pense na liberdade, no infinito. Não pense em coisas pequenas, triviais. O medo sempre pensa em coisas pequenas; o amor nunca pensa em coisas pequenas. O amor está pronto para sacrificar tudo; o amor pensa somente no vasto. É uma águia no vento, a procura do desconhecido.
A ARTE DE SE MARAVILHAR
Entre todos os presentes que ganhamos ao nascer, a capacidade de perceber a beleza do mundo é o mais precioso. Com os olhos, apreciamos cenas e vistas maravilhosas. Com os ouvidos, escutamos canções e melodias tocantes. Com o toque e o paladar, descobrimos e saboreamos delícias infinitas. Os sentidos são dotados de um poder oculto capaz de fazer inveja a qualquer mago ou feiticeiro.
A varinha de condão que espalha o pó mágico sobre tudo que as pessoas ouvem, tocam e vêem se chama atenção.
A coisa mais maravilhosa da atenção é sua fluidez. Como a água, ela flui sem esforço a partir da fonte original, em algum ponto da mente. Mesmo que, na maior parte do tempo, a atenção apenas toque com suavidade a superfície das coisas, dando-lhes um tom agradável, ela pode também penetrar nos mais recônditos cantinhos, destacando detalhes mínimos sob sua poderosa lente de aumento.
A atenção permite que se perceba a beleza de um terreno baldio, de uma ponte, de um estacionamento, até de uma parede nua. Também é capaz de revelar a você o que ninguém mais vê: o som das folhas voando na brisa, a determinação da velhinha que atravessa um cruzamento movimentado, as cores dos guarda-chuvas coloridos dançando sobre a multidão.
Já quando a pessoa fica absorta em si mesma ( e se transforma em refém de seu diálogo interior), a realidade do dia-a-dia fica muito banal. Sem dar atenção às coisas, tudo se torna uma mancha, um nada – um “e daí?”.
A caminho do encontro com a amada, você ensaia mentalmente o que vai dizer. Num restaurante de luxo, lê o longo cardápio. Ao chegar em casa, verifica as mensagens na secretária eletrônica. Absorto em seus pensamentos, não observa o que acontece em sua volta. E por que deveria? Em seu modo de ver, não está acontecendo nada.
Mas espere! Tem certeza de que nada acontece? Ou será que o que você considera “nada” não é o prelúdio de alguma coisa muito importante?
- o silêncio da igreja antes de a noiva dizer o “sim”;
- o suspense antes de a cortina subir;
- a pausa antes do primeiro aplauso;
- o momento de respirar fundo antes de assinar um contrato de aluguel;
- o tapinha em seu ombro antes de se virar;
- o suspiro do bebê ao adormecer;
- o silêncio que precede as primeiras notas da sinfonia.
Antes de a orquestra começar a tocar, o regente ergue a batuta para criar o que, em linguagem musical, se chama anacruse – uma nota fraca que precede uma forte. Da mesma forma, cada momento pode ser interpretado como uma nota sutil, um breve intervalo entre o que era e o que está por vir.
Para descobrir as maravilhas da vida, você só tem de se imaginar erguendo a batuta do regente. Com esse gesto mental, estará prestando atenção ao mundo.
Instantaneamente, tudo entra em foco: o livro sobre a mesa, a panela no fogão, as flores no vaso. É o momento mágico, um místico ponto de partida, como o “era uma vez” que dá início a todos os mitos e fábulas.
Véronique Vienne
A ARTE DE SER ALEGRE
Neste mundo, as pessoas podem se considerar premiadas apenas por existirem. A alegria é seu direito inato. Aqui e ali, ao longo da vida, você vai se sentir alegre sem nem saber porque e às vezes até quando não convém.
Mas c’est la vie! Joie de vivre, como dizem os franceses, é a pura alegria de viver – uma forma de contentamento que ignora a racionalidade.
Não precisamos estar felizes para experimentar um instante de leveza. Acontece quando estamos irritados, cansados, tristes ou preocupados. Basta um pequeno incentivo e, sem mais nem menos, nos sentimos felizes por estarmos vivos e agradecidos pelo amor que carregamos no coração.
Às vezes, é um senhor simpático que se senta a seu lado no trem e lhe sorri. Ou então um fabuloso par de botas que você experimentou. Ou ainda a visão gloriosa das folhas vermelhas de outono contra um céu cinzento de tempestade. De repente, por um breve instante, você se sente emocionalmente pleno, em paz consigo mesmo.
Realizações e sucessos pessoais raramente são motivos para alguém sentir essa forma de felicidade. Na verdade, a natureza inexplicável da alegria de viver é parte de sua própria atração. Misteriosamente, a pessoa se sente envolvida no espetáculo da vida que se desenrola bem a sua frente.
Há quem seja surpreendido por uma explosão de alegria no exato momento em que enfrenta uma situação difícil no trabalho, quando tem de tomar uma decisão complicada ou se recupera de um revés sentimental. Para sentir-se feliz, basta um inesperado dia ensolarado, o olhar de admiração de alguém do outro lado da sala, um trecho de poesia, o convite de um ex-chefe para almoçar e pôr a conversa em dia.
O presente da alegria instantânea é parte tão integrante da natureza humana que mesmo o mais cínico dos mortais não está imune a ele. Já notou a forma como os alarmistas insistem em suas opiniões pessimistas? Provavelmente sentem prazer nisso. E, para dizer a verdade, eu e você também tiramos às vezes certa satisfação romântica de nossos mais indulgentes acessos de autopiedade.
De vez em quando, gostemos ou não, o cérebro é inundado por substâncias químicas de bem-estar – a recompensa da natureza por suportarmos os problemas do mundo.
Portanto, em vez de mostrar alegria quando não há motivo algum para isso, dê-se uma pausa. Não force um sorriso. Em vez disso, olhe em volta e abra-se ao que vê.
Observar pessoas vai pôr fim à tristeza mais rapidamente que tomar um remédio. A joie de vivre, afina, foi inventada pelo mesmo povo que nos deu a moda básica e os cafés ao ar livre.
Mas ninguém tem de ir a Paris para encontrar joie de vivre. Lugares públicos são uma fonte de alegria instantânea. Em seu quarteirão, pet shops, cabeleireiros e padarias são locais onde acontece esse tipo de encontro que faz subir os cantos da boca. Outros lugares propícios são museus, feiras, saguões de hotel, aquários e bibliotecas.
Uma pessoa nunca sabe quando será contaminada por uma doce efervescência. Essa emoção pode ser disparada pelo olhar de expectativa de um cachorro quando o dono diz “vamos”. Por um adolescente com o cartaz “bem-vindo, papai” no aeroporto. Ou pela garotinha com seu melhor vestido sentadinha sobre a mala, na rodoviária.
Cuidado: sentir-se triste nunca é desculpa para perder a chance de ficar alegre.
Véronique Vienne